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No último domingo, 6 de junho, aconteceu a 14ª Parada do Orgulho Gay ou Parada LGBT, na Avenida Paulista, em São Paulo.

A manifestação foi aberta com discursos inflamados do primeiro trio, o carro da organização, enquanto os outros continuavam sendo montados e faziam passagens de som. Pouco antes das 13h, os veículos começaram a andar, agitando a galera presente e começando a festa com muita música de todos os tipos e dezenas de DJs.

Ao todo, foram 17 trios que animaram cerca de quatro milhões de pessoas num lindo dia de sol, em que famílias inteiras compareceram e se juntaram a outras pessoas, criando uma festa incrível e inesquecível.

Diferente do ano passado, em que no final da Avenida Paulista aconteciam reformas e os trios transitaram pelo lado contra-mão da avenida, este ano tudo voltou ao normal e talvez isso tenha ajudado a trazer um público ao evento. Todos os espaços do trajeto estavam tomados pelas pessoas que cantavam, gritavam, pulavam e se divertiam. Trajetos como a Rua da Consolação, que foi tomado por um mar de pessoas nunca visto na parada.

Cerca de 1.400 policias faziam a segurança no evento e no entorno dele, com apoio do helicóptero Águia, da Polícia Militar. Havia também os seguranças dos caminhões.

Uma das grandes preocupações este ano eram os camelôs, ladrões e possíveis arrastões. Para que isso não acontecesse, a organização do evento aconselhou o público a ir em companhia de três ou mais pessoas juntas e o constante patrulhamento da polícia em todo o trajeto inibiu atitudes ilegais.

Muitas ações durante o trajeto foram feitas, como a distribuição de milhares de preservativos, conscientização das pessoas sobre seus direitos, informações sobre o evento e uma grande mobilização da organização para convidar o público presente a votar contra a homofobia como forma de lei.

Foram mais de seis horas de festa, com o público pulando e seguindo os trios o tempo todo. Seguindo o cronograma, o evento encerrou às 19h30, com o polêmico caminhão preto, surpresa impactante e política, que simbolizou os homossexuais mortos durante os anos de luta por seus direitos.

Segundo estimativa da Polícia Militar, 3,5 milhões de pessoas compareceram à Parada LGBT 2010, mas com certeza havia muito mais, chegando próximo ou passando de quatro milhões em todo o trajeto, em torno dele e nos trios.

Dezenas de DJs, conhecidos e desconhecidos, eram todos iguais neste dia especial e tocaram com toda a sua alegria e vontade tudo aquilo que o público presente esperava deles - colocando para fora, em minutos, semanas de ansiedade. Talvez para alguns DJs fosse mais uma oportunidade de mostrar seu trabalho, mas para a maioria era a oportunidade única de fazer parte da maior concentração de pessoas por um ideal, participando da maior festa que eles terão em toda a sua vida.

Ao contrário de 2009, o foco musical deste ano foi a música eletrônica, mas as clássicas I Will Survive, It's Raining Men e YMCA estiveram presentes em versões atuais e poderosas, além de músicas inusitadas como as versões eletrônicas de Lambada 3000 e Extravasa, que levantaram o público e balançaram a Avenida Paulista.

No final, o cansaço e a fome tomavam conta de todos, a sensação do dever cumprido estava presente e a alegria em saber que no ano que vem haverá mais uma superava a tristeza da festa que terminava.

A Parada do Orgulho Gay é um movimento social e político em prol dos direitos e contra a discriminação dos homossexuais; é uma vitrine para muitos verem e serem vistos. O maior dia do ano, em que todas as pessoas podem se vestir de mulheres ou de homens sem serem agredidas, em que heterossexuais e homossexuais tiram fotos juntos, com absoluto respeito e admiração, sem levar em conta a opção de cada um, somente entendendo que ali ao lado existia uma pessoa.

Talvez a meta deste evento tenha sido atingida, mas as organizações dos movimentos dizem que há muito o que fazer ainda para resolver problemas que acontecem no dia a dia. Então, muitas ações acontecerão durante o ano todo em diversas partes de São Paulo e algumas em outros estados, para a conscientização e aceitação de todos.

Talvez tenha uma perto de onde você mora. Se houver, vá prestigiar.

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Quem é o colunista: DJ há 18 anos, produtor musical há três anos, divulgador de musicas para rádios desde 1997.

O que faz: DJ, produtor de música eletrônica e empresário do ramo de Rádio.

Pecado gastronômico: Lasanha e Pavê de Sonho de Valsa.

Melhor lugar do Brasil: Meu estúdio de produção musical.

O que está ouvindo no carro, iPod ou mp3: Musica eletrônica e diversos outros estilos que contenham letras bacanas e melodias.

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Atualizado em 6 Set 2011.