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Você já foi alguma vez a um baile funk? Se não, não pense nisso! A não ser que você realmente goste da parada ou queira se divertir com as tosquices que encontrará lá. Eu, particularmente, odeio funk. Não acho que aquele tipo de barulho pode ser considerado música. Mas, tem gosto para tudo, né?
Há cerca de um mês, fui fazer uma matéria em uma casa (que eu não vou revelar o nome, obviamente) na Zona Sul de São Paulo. Cheguei lá cedo. O tal baile ainda nem dava sinal de que começaria. Quando entrei, umas pessoas aguardavam na porta, a maioria com cara de 17 anos, esperando o pancadão. Eu, nesse momento, rezava para acabar logo, porque eu queria vazar dali o quanto antes!
Encontrei um lugar tranquilo e lá fiquei por mais de uma hora twittando. Era sexta e fazia muito frio (para se ter uma ideia, eu estava de casaco e cachecol e ainda assim sentia uma friaca que vou te contar). Pois bem, as pessoas começaram a chegar. Grupinhos de amigos e amigas. Todo mundo se preparando para pegar fogo quando a coisa começasse a ferver.
Enquanto o DJ não dava início ao 'barulho' e quem eu esperava para entrevistar não chegava, passei a observar detalhadamente aqueles indivíduos que por ali onde eu estava passavam. Vamos a uma breve discrição. Atenção ao 'sotaque carioca': "Aish popozudaish" - o frio era grande, mas TODAS estavam de barriga de fora. TODAS! -. Agora atenção ao sotaque paulista: "Us mânu", a maior parte de boné de aba reta (primeiro: ir de BONÉ para a 'balada'. Depois: de aba reta?! Peloamor, né?!).
Mais não era só isso. Outras 'cositas mas' conseguiram fazer com que eu me espantasse ainda mais! O balde de bebida (aquele, que na balada fica com gelo para deixar a cerveja ou seja lá o que for bem gelado) era de plástico. DE PLÁSTICO! Era um BALDE mesmo! ("Como assim?", eu pensava) Havia uma lanchonete que vendia COXINHA. Vi uns amigos fazendo vaquinha para comprar uma garrafa de vodca. VAQUINHA, minha gente! Não, aquilo era demais para mim. E a vodca nem era da boa. Era daquela boa para deixar com dor de cabeça por semanas, isso sim.
Enfim, depois de achar tudo aquilo muito tosco, finalmente meus entrevistados chegaram. UFA! Foi tudo tranquilo, deu tudo certo, mas ainda não tinha acabado. Faltava fazer umas imagens para ilustrar a matéria. E lá fui eu no "camarote" para gravar. Bem nessa hora, o DJ achou que era hora de passar algo como se fosse uma propaganda que falava 'bem' do sistema de som, que era muito alto. Meus tímpanos quase estouraram e, para fazer um gran finale, acenderam uns fogos de artifício para ambientes internos, que faziam uma chuva. (Posso não comentar esse momento? Então, deixa em aberto).
É. Por isso (e muito mais, mas que eu não posso escrever aqui) que eu NÃO recomendo um baile funk. Não vá! Pelo bem dos seus olhos e ouvidos!
Leia as colunas anteriores de Bruno Martins:
Sem mendigar, por favor!
Gentileza gera gentileza
Larica pós-festa
Quem é o colunista: Bruno Martins.
O que faz: Jornalista, professor e curioso!
Pecado Gastronômico: Lasanha, Pavê, Brigadeiro, ... São tantos!
Melhor lugar do mundo: Qualquer lugar com amigos e comida! hahaha Se tudo isso for na Times Square enquanto neva, melhor ainda!!!!
O que está ouvindo no iPod, mp3, carro: Puts, puts SEMPRE!
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Atualizado em 6 Set 2011.