Não é de hoje que jovens cosmopolitas, exímios baladeiros, sonham em descer do carro sobre um tapete vermelho, com entrada reservada, esquema de segurança e flashes piscando, enquanto brindam com aquele champanhe importado dentro de uma área VIP.
Ilusão ou realidade, o fato é que isso está longe de ser comum no Brasil, mas até dá pra sair à noite em Sampa sentindo um pouco o gostinho de ser "poderoso" na night.
Se vale a pena ou não puxar os holofotes pra sua trupe, só você poderá dizer... Mas nada como provar o glamour para entender esse mundinho.
Em Sampa, como em Nova Iorque, Ibiza, Londres e Buenos Aires, são poucas as baladas que se tornaram o desejo de muita gente, que fazem fila no mural dos Facebooks de promoters pra descolar entradas VIPs ou nomes em uma lista especial de acesso.
Há clubes exclusivos mais perto do que se imagina, e nos lugares mais inusitados. Tempos atrás, quando a cantora Wanessa (ex-Camargo) resolveu que iria chacoalhar a peruca e lançar uma tentativa de carreira "quase" internacional, abalando as estruturas do mundo gay, o ilustre convidado pro lançamento foi ninguém menos que o rapper e produtor Ja Rule, super badalação, festa ultrafechada... no centro de São Paulo! Esquisito. Lembro de ver o convite, sem sequer imaginar que o badalado Royal Club existia. Mas aquele que, alguns anos, atrás era o que havia de mais "pop" no centrão, está longe de continuar com o título na parede. Pouco tempo atrás, a avenida Brigadeiro Luiz Antônio recebeu um presente. Na cara da praça da Sé - medo -, está o Lions Club, um lugar onde você entra e tem vontade de ver até a decoração do banheiro.
Várias revistas já comentaram outros tradicionais clubes privês por aqui, como a Museum, a extravagante Pink Elephant e suas festas regadas a Veuve Clicquot. Mas, quem faz barulho mesmo atualmente é o tal Bar Secreto. Quem sou eu pra achar o lugar pouca coisa? Depois que Michael Stipe, da banda REM, e santa Madonna pisaram por lá em 2008, esse ano foi a vez de Ronaldo [ex-fenômeno], Bono Voz e The Edge do U2, darem uma canja na festa de quarta "Isto não é um Karaokê - Live".
Ficou com vontade? Saiba que a entrada (R$ 60 a 80) depende também da boa vontade da hostess que, se não for com a sua cara (e com as marcas das suas roupas), provavelmente vai te convidar pra entrar no Miscelânea Cultural, que fica bem ao lado, e dá o tom no popularesco sambão e matrizes culturais regionais com couvert light (R$10).
Diversão para todo gosto... Só não vale ficar de bobeira.
Resumindo... No Royal Club, Lions Club, Museum, Pink Elephant, Bar Secreto ou no Miscelânea Cultural... Nos vemos na pista.
Leia a coluna anterior de Douglas Lima:
Os Bambas da Vila
Surfando na noite
Quem é o colunista: Douglas Lima.
O que faz: Consultor em educomunicação, tecnologias da informação e da comunicação, engajado em movimentos sociais desde moleque, e associado fundador da ONG Viração.
Pecado gastronômico: Calamares à doré do Atenas e o meu Strogonoff.
Melhor lugar do mundo: Onde eu estiver com meus amigos. Principalmente se for no Rio de Janeiro.
O que está ouvindo no carro, iPod, mp3: Chopin, Beyoncé, Maria Gadú...
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Atualizado em 6 Set 2011.