Guia da Semana

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Quem quer ser um bom DJ precisa treinar. Para isso, muitas escolas especializadas oferecem planos especiais para alunos iniciantes praticarem mixagens em seus equipamentos. Mas e quem não tem tempo hábil para isso? É, ter toda a parafernalha em casa é o ideal, mas dói no bolso só de imaginar os preços. "Uma das primeiras idéias que vêm à cabeça para aliviar o orçamento: equipamentos usados. Porém, essa economia raramente vale a pena, já que os leitores de CD [no caso do CDJ] e os botões, por exemplo, podem estar danificados por conta do uso freqüente", esclarece Alexandre Savino, professor do Instituto de Música Eletrônica Dub Music, convidado pelo Guia da Semana para dar dicas de marcas e modelos aos interessados. "Compensa comprar tudo zerado, com a garantia e a tranqüilidade de que vai durar muito mais tempo". Confira abaixo as dicas do DJ e produtor:


Mixer

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Independente da preferência, CDJs ou turntables, como são chamados os toca-discos, dependem de um bom mixer. É por meio dele que o DJ mistura as músicas na chamada mixagem (fim de uma música e início da outra) e aplica efeitos como loop, reverse, zip e outros.

Na opinião de Savino, o mixer da foto é o melhor para se ter em casa. Com sete efeitos, incluindo o novo loop para sample, o DJM 400, da Pioneer, tem quase todos os efeitos de seu posterior, o DJM 800: delay, echo, filter, flanger, phaser, robot, roll e os beat effects (efeitos que podem ser feitos com as batidas da música).
Preço: R$ 1.850,00

Luxo
DM5 909: fabricado especialmente para performance, o mixer tem efeitos em touch screen (toque na tela) e no fader, além de medidor automático de BPM (batidas por minuto). O modelo top da Pioneer permite que o DJ utilize 50 diferentes efeitos. Na tela, é possível ter acesso a nove efeitos pré-selecionados ou ativar os efeitos no crossfader ou no fader de volume.
Preço: média de R$ 3.000,00.


CDJs

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O CDJ 200 é o básico. Tem os efeitos básicos de loop (beat, hot e cuttin´), jet, zip e wah. Lê MP3, inclusive se as músicas do CD estiverem separadas em pastas. No entanto, ele funciona melhor se as faixas forem gravadas em áudio. Já o CDJ 400 tem USB (dá para conectar o pen drive, por exemplo), além da função vinil (é possível simular scratches) e reverse (a música roda ao contrário).
Preços: R$ 1.390,00 e R$ 2.200,00, respectivamente (cada).

Luxo
DVJ 1000: também da Pioneer, lê imagem (DVD) e áudio (CD). Com parâmetros de vídeo, o equipamento permite sincronizar as imagens com a música. No visor, um gráfico indica os limites das barras e compassos, além de onde termina a introdução da música e em que ponto começa o break (fase final da música). O aparelho, que possui três pontos de CUE (botão que registra determinado ponto da faixa) a mais, tem também uma jog (parte redonda, móvel) de diâmetro bem maior que nos modelos anteriores. Isso permite fazer scratches e backspins mais reais: basta selecionar o modo vinil e escolher o peso no jog adjust. Outra opção do DVJ é o touckbreak; basta selecioná-lo e parar a música com apenas um toque na jog.
Preço: R$ 5.500,00.


Toca-discos (turntables)

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Mesmo quem não costuma tocar com vinil indica a Technics, marca da linha para DJs da Panasonic. A durabilidade foi o fator que imprimiu a ela essa fama que perdura há mais de 30 anos. Turntablistas (DJs especializados em scratch, colagens e back to backs) de todo o mundo a recomendam sem hesitar. Savino também não pensou duas vezes. Com rotação direta instantânea (direct drive), braço curvo e resistência à vibração, o toca-discos é vendido nas versões analógica e digital. O modelo mais comum no mercado e nos clubs é o MK2 SL 1200, da foto.
Preço: R$ 2.900 (cada).

Headphone

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Sem ele, é quase impossível mixar as músicas. Utilizados para ouvir a faixa que vem na seqüência - bem como ajustar o pitch (velocidade das bpms) para que a mixagem não "sambe"-, os fones de ouvido não deixam o som do outro CDJ ou toca-discos vazar na pista. O indicado por Savino é o da Sennheiser, um modelo comumente usado por produtores, mas que tem virado febre entre os DJs por sua acuracidade. Esse é mais difícil de encontrar por aqui, a não ser que encomende em alguma loja. Outros recomendados são o HDJ-1000, da Pioneer, que também serve para músicos de estúdio e engenheiro de som, e o 1200 da Technics, potente e dobrável.
Preço: R$ 700,00 (Pioneer) e R$ 690,00 (Technics).

Softwares

Fãs de vinil que não abrem mão do formato, mas que ainda preferem a versatilidade e custo reduzido do mp3 podem investir em programas como o ScratchLive, da Serato. O pacote vem com dois vinis simuladores (também vem com dois CDs), uma interface, um cabo USB e um RCA, CD de instalação e manual. Além dos picapes, o DJ precisa de um notebook, que deve ter placa de áudio e conversor DS8. Savino indica notebooks da Macintosh. Segundo ele, os aparelhos da marca são mais estáveis.
Preço: R$ 2.100,00

Caixa de som

Não pode ser a caixinha de som do computador. É necessário saber como ficará na pista o som que você está criando em casa. Para isso, não é preciso uma caixa de som "pró", mas de uma com amplificação e tamanho razoáveis. Uma sugestão é a SPM 1202, de 400W, da Selenium.
Preço: R$ 1.500,00 (cada).



Nosso consultor: Alexandre Savino
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O que faz: DJ, produtor, professor de produção e coordenador do Instituto de Música Eletrônica Dub Music.

Que som toca: progressive e tech house.

Discografia: os EPs Gimme Live, Ponto de Vista e Challenge Code.

Ouça:
www.myspace.com.br/djsavino Baixe:
www.djsavino.mypodcast.com Leia:
www.alexandresavino.com.br



Serviço
Os preços indicados na reportagem são da loja Vitoria Som.
Endereço: Rua dos Andradas, 358, Santa Efigênia, São Paulo, SP.
Tel.: (11) 3333-7375.
Internet: www.vitoriasom.com.br

Atualizado em 1 Dez 2011.