Guia da Semana

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Júnior na bateria e percussão, Júlio como DJ e Amon no violino fazem o som do Dexterz

Dexterz é proveniente da palavra dexter, cujo o significado é sábio e hábil. Essas duas características definem os três artistas renomados que integram o Dexterz: Júnior Lima, Júlio Torres e Amon Lima. Esse projeto musical produz um som inovador, que mescla música eletrônica com a sonoridade do violino e batidas de percussão. Eles vêm agitando as principais casas noturnas do país - e até do exterior - desde junho, quando o trio foi formado oficialmente.

Isso porque eles já tocavam nesses mesmos moldes, mas em outro projeto, chamado Crossover, que era formado apenas pelo Amon e Júlio. Porém, às vezes, o Crossover contava com a participação especial de Júnior. Para facilitar, os músicos decidiram separar os projetos - que ainda são levados em paralelo - e formalizar o surgimento do Dexterz.

O trio já caiu no gosto do público e chega a se apresentar oito vezes durante o mês, nas casas noturnas mais badaladas de Norte ao Sul do país. Mesmo quem vai aos shows atraído pelos integrantes famosos, surpreende-se com o set arrojado e visionário dos Dexterz, marcado pelo improviso, conhecimento do universo musical e pela criatividade.


Músicos de peso

Júnior Lima foi o último a integrar o trio do Dexterz. No entanto, quando o assunto é carreira na música, ele já é veterano. Possui mais de dezoito anos de carreira e 17 milhões de cópias vendidas, as quais ele divide o mérito com sua irmã, Sandy, com quem fazia dupla. Desde 2007, ele segue apenas os passos de músico, tocando, principalmente, bateria e percussão.

O DJ e produtor Júlio Torres é um dos artistas mais respeitados no meio da música eletrônica. Não é à toa que ele está há 17 anos nos picapes, comandando o som para multidões. Só em parceria com o músico e instrumentista, Amon Lima, Júlio possui mais de quatro anos de história. Já o violinista, também membro da Família Lima, aproveitou a sua afinidade com a música clássica para inovar mercado fonográfico e fundir o clássico com o atual.

Esse novo projeto de mistura frenética, que faz uma releitura de músicas conhecidas e traz outras inéditas, será esmiuçado logo abaixo, em uma entrevista exclusiva que Amon Lima concedeu ao Guia da Semana.

Guia da Semana: O principal diferencial do Dexterz é misturar música eletrônica, com recursos de música erudita e equipamentos tecnológicos. De onde surgiu a inspiração e como produzem esse som?

Amon: Eu uso recursos de música clássica, jazz, rock, instrumental brasileira, entre outros estilos. Tudo que aprendi e toquei, até hoje, serve de uma maneira ou outra como fonte de inspiração. A idéia de utilizar a tecnologia veio da necessidade de ter instrumentos e equipamentos que fossem fáceis de transportar e dessem para tirar um som legal.

Guia da Semana: Há grupos com esses mesmos moldes no exterior?
Amon:
Existem vários tipos de Live tanto no Brasil como no exterior, mas não conheço nenhum que faça um trabalho nos nossos moldes.


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Uma das músicas que mais agrada o público é a versão que fazem de With Or Without You, do U2


Guia da Semana: Quais são os principais equipamentos de trabalho do trio?
Amon:
Computador e placas de áudio são as ferramentas essenciais para o tipo de trabalho que a gente faz. Com o auxílio do Ipod Touch ou Wiimotes, temos a possibilidade de controlar e disparar sons e isso deixa tudo mais interessante e divertido. Como as cabines da maioria dos clubes que tocamos não tem muito espaço, um equipamento pequeno e prático é indispensável.


Guia da Semana: Como é feito o setlist das apresentações e quais são os critérios de escolha das músicas?
Amon:
Tocar em clubes tem uma dinâmica muito diferente de fazer um show num palco. Não dá para ter um roteiro porque nenhuma pista reage igual a outra. Começamos a tocar sem nem sabermos qual será a música de abertura, procuramos sentir a reação das pessoas e vamos seguindo por um caminho ou outro. Muitas vezes, o Júlio Torres toca mais de uma hora de músicas inéditas, que nunca ouvimos. Mas sempre têm aquelas músicas que dão muito certo e nós mantemos no set.

Guia da Semana: Há pretensões de gravar um álbum do Dexterz? Se sim, está previsto para quando?
Amon:
Conversamos bastante a respeito, mas, atualmente, a agenda dos três está muito corrida, quase sem tempo para produzir. Mesmo assim terminamos de produzir nossa segunda track, que ainda não foi lançada.

Guia da Semana: Como está a agenda de show de vocês e de que maneira o público pode ficar por dentro da programação?
Amon:
Com o Dexterz, temos uma média de cinco a oito apresentações por mês. Costumamos tocar mais em clubes de house music ou em festas com esse perfil. Os eventos que a gente toca são divulgados pelos próprios clubes e também avisamos pelo Twitter, nos perfis: @AmonLima, @DJ_JulioTorres e @Junior_Lima.

Guia da Semana: Vocês estão fazendo shows de Norte a Sul do país. Consegue enumerar quais Estados já percorreram?
Amon:
A gente viaja muito e para enumerar teria que checar a agenda. (risos) Mas, atualmente, tem rolado muita coisa no Sul e Centro-Oeste.

Guia da Semana: O Dexterz já tocou até em Miami. Como foi a aceitação do público estadunidense em relação à música de vocês?
Amon:
Tocamos na Mynt, um dos clubes mais tops de Miami, e foi uma experiência muito legal. Ficamos apreensivos por ser nossa primeira apresentação como Dexterz no exterior. O público estadunidense não conhecia o nosso trabalho, mas mesmo assim dançaram alucinadamente!

Atualizado em 6 Set 2011.