O tipo mais comum de comanda nas baladas aqui de São Paulo é aquele cartão de papel com o cardápio. Quando você pede algo, o barman ou garçom marca o item solicitado. O problema, é que aquele papel no bolso vai se desmanchando com o decorrer da balada. Afinal, o bolso fica úmido com o calor e o suor do corpo e vão deixando o papel desmantelado. Outra variável desse estilo de cobrança é aquele cartão com um monte de furinhos em que o barman faz um furo correspondente ao seu pedido. Sempre me pergunto: o que cada um desses furos significa? Como sei que o cara fez a marcação correta? Não confio muito nesse sistema.
Outra opção muito comum também são os cartões de plástico numerados. Na entrada, seu nome e telefone é associado a um número. Toda vez que você pede algo, é lançado no sistema o seu pedido. Quando você chega na saída normalmente tem surpresa. Ou o cartão não estava zerado ou tem mais itens do que você pediu. Isso acontece porque alguém digitou o seu número por engano.
Outra coisa irritante nesses sistemas são aquelas mensagens: "em caso de perda, você pagará R$ 500". Ah, então a casa quer que você consuma bastante, mas se você perder a comanda o problema é seu. Primeiramente, isso não existe, é mais uma daquelas "leis particulares" que os estabelecimentos criam, mas que não têm nenhum embasamento legal. A casa não pode responsabilizar o cliente pelo fato do sistema de cobrança da própria casa ser falho. Conheço um monte de gente que já teve problemas com isso e a solução nunca foi fácil. Nessa hora, eu recomendo chamar a polícia. Foi o que meus amigos fizeram. Óbviamente, foi feito um acordo e as pessoas pagaram o que consumiram.
É por essas e outras que eu ainda gosto das fichas. Você compra as fichas e vai usando durante a noite. O único problema é se você for embora com as fichas e o club não abrir mais. Também seria interessante haver uma padronização no estilo de cobrança. Já que estão tentando regular tudo, porque não regulam o que realmente interessa para os clientes das baladas? Fica aí a dica.
Quem é o colunista: Eu? Eu sou o Luiz Pattoli.
O que faz: Jornalista, andarilho e editor do www.churrascogrego.com.br
Pecado gastronômico: Vindo com saúde, eu traço.
Melhor lugar do Brasil: O estádio da Rua Javari.
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Atualizado em 6 Set 2011.