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A festa foi boa! Um dos melhores DJs do planeta mandou muito bem no som, a jogação rolou solta e as cervejas estavam geladíssimas. Quando chega a hora de ir embora, descansar em casa o sono dos justos ou então dar uma esticadinha em algum lugar especial, começa o tormento. Fila enorme no caixa, cartão que não é aceito, gente que perdeu a comanda, pessoas que beberam além da conta (bancária), sistema que cai... Quem se arrisca na noite, eventualmente acaba tendo que passar por algum perrengue do tipo. Pagar a conta da balada é um sufoco!
Pensando no sofrimento dos boêmios quando são obrigados a ficar mais do que desejam em algum lugar por conta de filas e problemas de ordem financeira, o Guia da Semana explica como funciona o sistema de pagamento e dá algumas dicas para quem quer apressar o processo.
Aceita cartão?
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Para quem vende o produto ou serviço, o fato é uma via de duas mãos. Ao mesmo tempo em que os cartões funcionam de uma maneira que dificulta a ocorrência de fraudes, eles também possuem uma taxa maior, que varia de 2,4% a 4%, no caso de cartões de crédito. Com isso, o preço da mercadoria sobe e o consumo, ocasionalmente, pode diminuir.
Origem do cartão de crédito A idéia dessa forma de pagamento é atribuída ao executivo Frank MacNamara. Em 1950, ele estava com alguns convidados em um restaurante e, ao receber a conta, percebeu que havia esquecido o dinheiro. Uma conversa com o dono do local permitiu a possibilidade de assinar uma nota de despesas, a ser paga em um outro dia. Partindo desse pensamento, MacNamara criou o Diners Club Card. No primeiro ano de vida, o cartão era aceito em 27 restaurantes e os portadores chegaram a quase 200 pessoas, a maioria amiga do idealizador. Fonte: ABECS (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços). |
Segundo Carlos Coscarelli, assessor-chefe do Procon-SP, os estabelecimentos não têm nenhuma obrigatoriedade de aceitação de outros meios de pagamento com exceção da moeda corrente, ou seja, dinheiro vivo. " A obrigação é apenas informar ao consumidor como os produtos ou serviços podem ser pagos", conclui. Por lei, as casas devem anunciar quando não recebem cheques e os tipos de cartões que são bem-vindos. ´Não aceitamos Visa Electron´, por exemplo, não é algo que precisa necessariamente ser escrito em um cartaz e pendurado acima do caixa.
A responsabilidade recai para os dois lados. Quem paga deve procurar saber a maneira com a qual o local trabalha. Por sua vez, os que recebem têm o dever de avisar, de modo claro e objetivo, todas as informações necessárias ao cliente. " Em uma situação emergencial, em que o problema é gerado por terceiros, como quando o sistema do banco falha, por exemplo, deve prevalecer o bom senso de ambas as partes", acredita Coscarelli. Segundo ele, um acordo amigável é o mais indicado.
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" Esse procedimento não existe! Só por ação judicial é possível confiscar alguma coisa de alguém", explica o representante do Procon. De acordo com ele, isso vale também para documentos, já que não é raro escutar que ´fulano teve que deixar o RG na portaria até arrrumar o dinheiro´.
Essas situações chatas, que podem ocorrer no final da noite, transformam qualquer festa bacana em uma balada miada. Não custa nada tomar alguns cuidados extras para evitá-las. Siga as dicas do Guia da Semana e curta a jogação sem maiores preocupações.
? Antes de sair de casa, cheque os preços do lugar aonde vai. Você não quer pagar o mico de não ter levado grana suficiente, não é? ? Não custa dar uma consultada no Guia da Semana ao decidir o destino da noite. No nosso banco de dados de bares e casas noturnas, dá para saber qual a forma de pagamento dos locais. Se ainda assim restar alguma dúvida, passe a mão no telefone e ligue para o estabelecimento em questão. ? Mesmo sabendo qual a melhor maneira de pagar, tenha sempre mais de uma opção. Uma folha de cheque não ocupa espaço nenhum na carteira e pode ser a salvação para um sistema fora do ar. ? Por mais que o costume de se andar com dinheiro esteja se dissipando, "cash" ainda é a maneira menos complicada de se pagar a conta. ? Se mesmo tomando todos esses cuidados ocorrer algum problema, não chegue feito doido, berrando no caixa. Procure antes saber direito o que aconteceu. Caso seja um problema relacionado a terceiros, lembre-se de que quem está te atendendo também não tem culpa. Tente conversar e chegar a uma solução bacana para os dois lados, sempre utilizando do bom senso. ? Caso se sinta lesado em algum momento, consulte o órgão responsável: Procon SP: ligue 151, de segunda a sexta, das 8h às 17h. www.procon.sp.gov.br |
Confira outras matéria que podem ajudar a resolver probleminhas burocráticos que acontecem na noite:
? Cadê minha bolsa?: E quando você percebe que deixar as coisas na chapelaria para dançar mais à vontade não foi um bom negócio?
? É proibido estacionar!: Antigamente deixar o carro na rua era loucura. Agora os veículos são roubados por falsos manobristas ou sofrem danos dentro de estacionamentos privados. Saiba como se proteger e não sair no prejuízo!
? Consumação mínima: ainda existe?: Depois de mais de um ano do auge da discussão sobre a cobrança da consumação mínima em bares e casas noturnas, o Guia da Semana volta ao assunto e conta como as coisas andam agora.
? Para se dar bem na noite!: Saiba como sair da balada sem prejuízo. Em todos os sentidos...
Atualizado em 6 Set 2011.