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Sean Connery, no papel de 007, personagem que imortalizou o dry martini
Mas antes, vamos colocar a azeitona no lugar certo. Muitos ainda confundem o drinque com a marca de bebida. Esta é um vermute italiano, um vinho destilado aromatizado com especiarias, podendo estar ou não nas receitas do famoso drinque. "Será martini qualquer drinque preparado com bebida destilada servido na taça em ipsilon", comenta a bar chef Talita Simões, que inaugura no início de abril, em São Paulo, o At Nine Cocktails, um bar exclusivo para apreciar destilados. As bebidas mais comuns para o preparo dos martinis são a vodca e o gim, além de licores para dar cor e sabor adocicado. Atualmente, o saquê também está em alta nas taças.
No universo das bebidas (e também das comidas), muitos dos recipientes em que são servidas as inovações batizaram seus conteúdos. Assim foi com a taça de martini. Sua criação é cercada de lendas. Uns dizem que surgiu na metade do século XIX, criada pelo bartender Jerry Thomas para um drinque apelidado Martinez. Outros defendem a autoria ao barman John Martini, que criou, a pedido do magnata John D. Rockfeller, tanto a taça quanto o dry martini.
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O formato em ipsilon é ideal para drinques secos e sem gelo
O fato é que a taça em ipsilon favorece a manutenção da temperatura do drinque, dispensando o uso de gelo dentro do copo. Mas, para isso, taça e coqueteleira precisam estar super geladas e os destilados guardados no freezer. "Como o gelo não vai diretamente no copo, o bartender não pode perder a mão, para a bebida nem ficar pouco batida nem aguada demais", comenta Talita.
Os "batidos" são mais comuns em receitas com frutas, sucos e especiarias e vão à coqueteleira. Já os drinques com dois ou mais destilados são "mexidos" para deixá-los homogêneos e sem aspecto turvo. Para isso, usa-se o mexedor, aquela colher longa com a cabeça reduzida. Veja onde encontrar sabores autênticos e clássicos em bares de todo o país.
Em São Paulo:
MyNY Bar
No Itaim, a casa se destaca tanto pela carta, com mais de 25 opções de drinques com assinatura (unicamente encontrados lá) como pela decoração, que remete aos salloons americanos da época da lei seca, nos idos dos anos 1930. Ou seja, muito couro e madeira num clima bem "noir". Tudo a ver com a taça. "O Martini é a essência do glamour, com preparações estudadas para alcançar o equilíbrio dos ingredientes com o gelo", comenta Marcelo Serrano, chef do bar. Destaque para os drinques Home House, com blueberry, shochu e limão siciliano, e Mango Daiquiri, com manga, rum jamaicano, limão e açúcar.
Volt
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Com iluminação dos anos 1960 e 1970, o Volt apresenta carta completa de drinques
Na região do Baixo Augusta, o Volt é um dos pontos de encontro dos moderninhos paulistanos amantes de drinques. Na carta, 30 drinques, servidos em todos os tipos de copo, entre clássicos e exclusivos. Entre os martinis, destaque para Volt, feito com uva brasil, gengibre, suco de limão e vodca; e Neon, com abacaxi, xarope de maçã verde, vodca. Aproveite para curtir a decoração de luzes provenientes de outras casas, digamos mais calientes, da Augusta (que inclusive traz uma taça de martini na parede) e os sets dos DJs convidados.
Skye
Imagine provar os melhores drinques tendo como cenário o skyline de São Paulo? É o que proporciona o Skye Lounge, bar do Hotel Unique. Próximo ao Parque do Ibirapuera, a carta de drinques foi montada pela bar chef Talita Simões, e o balcão hoje é comandado por José Osório. Nos destaques, o Cucumber Martini e Apple Martini. Outro atrativo do empreendimento é a cozinha, sob comando do renomado chef Emmanuel Bassoleil.
No Rio de Janeiro
Miam Miam
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Ambiente descolado e carta premiada de drinques são os trunfos do Miam Miam
Apesar de a Lapa ser o reduto da boemia, não há bares de drinques (ainda) no bairro. As mellhores opções concentram-se em Botafogo, como a drinkeria Maldita e o retrô e badalado Miam Miam. Lá, a chef Roberta Chiasca comanda o menu, enquanto a carta de drinques é constantemente renovada pelos sócios Danni Camilo e João Jourdan. Destaque para o Pink Martini, feito com gin importado, Noilly prat e framboesa e o Lichee Martini, feito com vodca, Noilly prat e lichia.
Bar do Hotel
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Melan Mint, excluvidade do Bar do Hotel
Bares em hotéis também são boas opções para drinques, pois possuem fama internacional e são apreciados pelos clientes, comumente pessoas de bom poder aquisitivo. No Leblon, o Bar do Hotel, do Marina All Suites, cumpre bem esse papel, além de contar com bela vista e descolada clientela carioca. Entre as sugestões dos barmen Balbino e Santiago, o Melan Mint (foto), com melancia, hortelã, contreau, vodka e limão; e Caipiruby, com vodca, frutas vermelhas, açúcar e gelo.
Veja opções de bares em outras quatro capitais e uma receita exclusiva da bar chef Talita Simões |
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Atualizado em 6 Set 2011.