Guia da Semana

Por Marcus Oliveira

É fim de semana, hora de escolher a balada para ir com a galera. Opções não faltam, do eletrônico ao samba, a cartela musical é grande. Entre tantas alternativas, há aquelas que são tradicionais no roterio das grandes cidades. Mesmo diante da enxurrada de novidades, eles mantém público fiel e filas na porta.

Fórmula de sucesso

Um dos segredos é fidelizar o público. Segundo Eneas Neto, proprietário da Trash 80's, o segredo do sucesso é o repertório escolhido e o clima que deixe o cliente a vontade. "Na Trash seguimos o conceito de música descompromissada. A pessoas não questionam muito e simplesmente se jogam de cabeça na pista. O som precisa contagiar. Além disso, existem questões como a iluminação, sonoridade; tudo isso faz a diferença na hora de curtir a noite", ressalta.

Para que a casa seja uma das opções que os baladeiros de plantão "batam cartão", uma forma de atrair público é manter uma comunidade fiel por meios alternativos, como o Twitter. "Desde o início da festa estávamos na internet. Durante a noite vamos passando twittes da galera em um telão. Isso cria um elo. Não fica preso apenas na noite", afirma Eneas.

As idosas de Sampa

Há dez anos no circuito de São Paulo, a Boogie é tida como uma referência noturna. Voltada ao flashback, a casa reúne gente bonita, música de qualidade no som de 8 mil watts de potência e uma infra-estrutura de primeira. Um dos pontos fortes da casa é a pista, que interliga os espaços por meio de paineis de vidro.

Aberta no final de 2000, a Disco se tornou um marco na noite de São Paulo. A programação oferece aos clientes dezenas de atrações seguindo o conceito das melhores boates do mundo. Além disso, o bar principal tem como cenário um painel de mais de 20 metros quadrados e bandas ao vivo.

Repaginado pelo sócio e arquiteto Luiz Bessa, o Asia 70 ganhou o nome de Asia Generation e recebeu uma iluminação mais potente, nova cabine de DJ, além de ter um mezanino redesenhado, com quatro camarotes e uma pista privativa para 80 pessoas. Dentro do projeto foi criado o Asia Club, um cartão de benefícios, que dá aos associados vantagens como a reserva dos camarotes, preços diferenciados e acesso exclusivo à nova pista.

Já a Hole Club fica na aclamada Rua Augusta. Fixada lá há 13 anos, a casa mantem a linha underground e hoje, sob o comando de Lu Brandão, tem programação voltada para o rock. A casa abre espaço para bandas ao vivo e há 11 anos tem como carro-chefe uma festa dedicada ao psytrance.

Na região de Moema, o Club A é especializado em música eletrônica, com foco no psy-trance. O ambiente, com capacidade para duas mil pessoas, se divide em três espaços: duas pistas, um bar e um jardim externo com bar. Se bater uma fome, o espaço oferece também sushi-bar e cyber café.

Há 38 anos em funcionamento, a Nostro Mondo oferece shows e festas temáticas, com performances de gogo boys e transformistas. O som é comandado pelos DJs Robertinho Cachorra e Marcelo Celleda e traz sucessos atuais e o melhor da década de 80. No palco, rolam apresentações comandadas por Thália Bombinha e Silvetty Montilla.

Ainda no seguimento GLS, a Blue Space abriu suas portas em março de 1996. Desde então oferece diversão para o público, aposta nos shows de drag queens e no que há de mais moderno em questão de som e iluminação. O sucesso rendeu a prêmio da revista Época São Paulo como "A melhor casa noturna com shows de Drag Queens".

A Lôca já é referência no circuito underground paulista há 15 anos. O clube é ponto de encontro de várias tribos e traz grandes nomes da música eletrônica nas cabines de som. Com um time de DJs residentes, o som varia entre pop, disco e electro. Entre as festas mais badaladas estão a Revert, as quartas, com muito tribal e house; André Pomba comanda as quintas com um mix de pop, disco e flash house.

Rio de Janeiro

A boate gay Le Boy é frequentada também pelo público carioca simpatizante. Com quatro andares e um bar no meio, a pista de dança é o ponto central da boate e conta a participação de dançarinos fazendo performances. O som da casa gira em torno do eletrônico e a programação vai de terça a sábado.

Outro espaço tradicional no Rio é o Dama de Ferro. A casa foi fundada em 2002 e traz uma proposta de ambientação diferente do comum. Assinado pela artista plástica Adriana Lima, o espaço é todo feito de ferro, vidro e concreto. No som o que predomina é a música eletrônica e a casa organiza ainda eventos culturais que vão de exposições, performances artísticas a leitura de poesias.

Inaugurada em 2001, o Baronneti caiu nas graças do público e lota suas pistas, regadas a hip hop, dance, house e eletrônico. O funk marca presença na night. Toda quarta-feira, um MC é convidado para a festa FunkHop. Dividido em em dois andares, o Baronneti mistura sofisticação e modernidade com ambiente de bar e lounge.

A Casa da Matriz está há nove anos fazendo a alegria do público carioca e lançou nomes como Los Hermanos e os DJs Marcelinho da Lua e Janot. Formado ainda por locais mais recentes, como Pista 3, o espaço abriga ainda os tradicionais Teatro Odisséia, com o melhor da MPB, Cinematheque, com música contemporânea, Cine Lapa, festas eletrônicas, rock e pop, Bar da Ladeira, entre outros.

Atualizado em 1 Dez 2011.