Para a edição deste ano, houve algumas mudanças no formato do festival. A primeira foi a data: do primeiro para o segundo semestre. O local também ainda não está definido - inicialmente era no Autódromo de Interlagos, nos últimos anos mudou para o Sambódromo do Anhembi. Quem vai escolher é o povo.
Uma das novidades mais notáveis foi a eleição para escolher os artistas nacionais, DJs e VJs que estarão no Skol Beats 2008. E aí, fiquei decepcionado. Entre as atrações internacionais estão Digitalism e Justice - dois dos principais nomes da cena eletrônica atual. Ou seja, coisa nova, que ainda não veio para o Brasil fazer show e que está na crista da onda. Em compensação a maioria dos DJs e grupos musicais brasileiros eleitos pelo público é atração repetida ou ruim.
Todos os DJs escolhidos já tocaram em edições anteriores, uma ou mais vezes: Marky, Anderson Noise, Murphy, Gui Boratto, Fabricio Peçanha e Mario Fischetti. É claro que o que é bom a gente quer ver de novo. Mas quase todos esses nomes tocam direto em São Paulo, seria mais interessante dar espaço para novos nomes. Sobram a banda Montage e as duplas Killer on the Dance Floor e Mixhell. A primeira, apesar do hype e do público fiel, é ruim. Vi alguns shows deles no início e parecia promissor. Depois que gravaram um disco vi mais um show e achei que decaiu. Muita pose e pouca música.
O Mixhell se vale do nome de Iggor Cavalera para abrir portas. Acompanhado de sua esposa, toca um som que não dá nem pra definir. Sobra o Killer on the Dance Floor - um dos nomes da new rave brasileira. Dos escolhidos, eles são os únicos que merecem participar do Skol Beats. É muito pouco para o maior festival eletrônico do Brasil.
Foto de capa: Divulgação Quem é o colunista: Eu? Eu sou o Luiz Pattoli.
O que faz: Jornalista, andarilho e editor do www.churrascogrego.com.br
Pecado gastronômico: Vindo com saúde, eu traço.
Melhor lugar do Brasil: O estádio da Rua Javari.
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Atualizado em 6 Set 2011.