Guia da Semana

Outro dia estava pensando como São Paulo passou a distribuir melhor as baladas em toda a cidade. Antigamente, sinônimo de casas noturnas, chamava-se Vila Olímpia. O bairro, que nas noites de quinta, sexta e sábado se tornava intransitável, também virou um transtorno para os moradores, que começaram a criar abaixo-assinados, reclamavam na polícia, entre outros requisitos, fazendo com que muitos empresários do setor procurassem outros locais.

Imagino que esse seja um dos principais motivos dos carros, atualmente, fluírem um pouco melhor e conseguirmos, em apenas 1 hora e 30 minutos, dar uma volta pelas ruas mais conhecidas. Já teve vezes, que perdi o horário da lista da casa por causa de uma fila enorme para chegar na porta da balada que, a pé, estava a cerca de 15 minutos de distância. Se eu fiquei nervoso? Quase nada, mas fazer o quê é sábado e vamos aproveitar.

Um bairro que anda ganhando bastante destaque entre a galera jovem que curte ficar sentada, tomando uma cerveja, isso se você não estiver dirigindo, escutando alguma banda tocar, é a Vila Madalena. Algumas baladas de eletrônico já estão se instalando pelo local, assim como a SPKZ, que possui um ambiente bem legal no segundo andar, com cadeiras e mesas para aqueles que não estejam a fim de dançar. Porém, as ruas estreitas da Vila Madalena, e em sua maioria, subidas, fazem com que o trânsito aumente cada vez mais, além disso, presenciamos algumas barbeiragens de motoristas que não aprenderam na auto-escola como sair com o carro em uma ladeira. Penso que esse seja um dos principais fatores pelo qual a "Vila Madá", como é conhecida por muitos, não seja o principal alvo de grandes baladas.

A Barra Funda antigamente era uma região de São Paulo menosprezada por muitos, sendo considerada um local feio e perigoso. Hoje em dia isso mudou. Moradia de muitas casas noturnas com o melhor do eletrônico, por lá podemos encontrar a galera alternativa e os melhores dj´s tocando a noite inteira. Quem nunca experimentou um after hour? Assim chamada a balada que começa às 5 horas da manhã e termina somente ao meio dia do domingo. Eu ainda não fui a uma dessas, mas pretendo ir logo e logo e conto a vocês como foi.

Chegamos à região central, local também muito conhecido pelos alternativos, como a Rua Augusta, Largo do Arouche, Bela Vista, entre outros, que concentram diversas baladas eletrônicas e de rock. Por ali, o trânsito não costuma ser tão intenso, já que existe um fácil acesso através de diversas alternativas. O que mais presenciamos são filas quilométricas de pessoas aguardando para entrar e aproveitar a noite inteira.

Um local pouco conhecido, mas que está sendo palco da Pachá, uma das baladas mais comentadas, e que traz toda semana dj´s internacionais e conhecidos por todos, é a região do CEAGESP, Zona Oeste de São Paulo. Neste local, patricinhas e mauricinhos se concentram para curtir uma noite cheia de eletrônico e muito psy. Já tive a oportunidade de conhecer essa balada. Sem comentários. Uma estrutura muito boa, espaço enorme, dois ambientes bem distribuídos. O que peca é o preço da bebida, já que uma latinha de cerveja custa a bagatela de R$ 5. Mas vale a pena, de vez em quando, gastar uma graninha dessas, pois o público, principalmente as mulheres, são maravilhosas!

A região Norte também vem ganhando destaque, e novas baladas estão sendo inauguradas por lá. Ou seja, opções não faltam para nos divertirmos, e aposto que algum lugar, perto ou longe da sua casa, será do seu gosto e te fará dançar a noite inteira.


Quem é o colunista: Daniel Navas.

O que faz: Jornalista, freelancer e uma pessoa sempre em busca de novidades.

Pecado gastronômico: Essa é fácil: comida japonesa.

Melhor lugar do Brasil: Morro de São Paulo e Abrolhos, ambos na Bahia.

Fale com ele: [email protected]

Atualizado em 6 Set 2011.