| Foto: Getty Images |
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Por um lado, balada é felicidade, diversão, amigos e paquera. Por outro, pode ser filas, fumaça, gente bêbada e chata. Óbvio que a gente quer as coisas boas, afinal, ninguém sai para sofrer. Mas chega uma hora, depois de tantos anos, que você começa a ficar um pouco mais seletivo, começa a escolher bem para onde vai sair. Há algum tempo eu venho fazendo isso. Só vou a lugares que realmente me interessam. Isso não quer dizer que eu saia menos. Simplesmente vou às baladas que eu gosto mesmo, ou para conhecer algum club novo.
Porém, no último final de semana resolvi fugir um pouco de São Paulo. Fui com a minha amada para Serra Negra. Lá, apesar de ter algumas baladas, optamos por jantar e ir dormir cedo. Poxa, há quanto tempo eu não fazia isso. E posso dizer que foi ótimo. É claro que o vírus da pista de dança continua em mim, mas foi bom relaxar um pouco e fazer algo diferente do que estou habituado. Passeamos pela praça, comemos, tomamos água da fonte, assistimos a novela e dormimos. Sim, fiz tudo aquilo que consideramos "coisa de velho". Mas, para alguém ligado no 220 como eu, foi fantástico poder ficar com os ouvidos atentos no silêncio.
Há muitos anos eu fico todos os feriados em São Paulo. Adoro a nossa vida noturna e não troco isso aqui por nada. O que alguns consideram loucura, para mim é mera normalidade. Antes de Serra Negra, fiz uma parada em Monte Alegre do Sul, uma cidade com seis mil habitantes, sendo que apenas dois mil moram na área urbana. Na praça, uma sorveteria e um bar. Fiquei imaginando como os jovens da cidade se divertem. É claro que eles têm opções de lazer. São opções diferentes das nossas. Mas com certeza eles saem, paqueram e fazem coisas de jovens. Aqueles que têm vontade de ir para uma balada precisam ir até alguma das cidades maiores da região. Algumas dessas pessoas sonham em vir para São Paulo, para conhecer a noite daqui. No último final de semana, eu sonhava exatamente o contrário: queria aquela tranqüilidade.
Leia colunas anteriores de Luiz Pattoli:
? Cadê as Matines?
? Noite Misteriosa
? Política Noturna
Quem é o colunista: Eu? Eu sou o Luiz Pattoli.
O que faz: Jornalista, andarilho e editor do www.churrascogrego.com.br
Pecado gastronômico: Vindo com saúde, eu traço.
Melhor lugar do Brasil: O estádio da Rua Javari.
Fale com ele: [email protected]
Atualizado em 6 Set 2011.
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