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"Everynight with my star friends
We eat caviar and drink champagne
Sniffing in the V.I.P. area
We talk about Frank Sinatra..
´You know Frank Sinatra?´
He´s dead!
He´s dead!
dead!
Hahahahaha!"
Essa é só o começo da musica "Frank Sinatra" da performer Miss Kittin, da qual um dia já fui fã. Na letra, ela se refere às pessoas VIPs como vazias e fúteis, pra não dizer o pior. Numa área VIP, eles bebem e caem na gargalhada quando descobrem que o Frank Sinatra morreu.
Não tenho a pretensão de dizer que sou o convidado ilustre de todo o agito paulistano, mas depois de algumas festas, eventos e jogação, achei que deveria escrever sobre os VIPs. O que faz de uma pessoa tão especial a ponto de receber regalias e facilidades, diferente dos outros convidados?
Pelo menos uma vez na vida todos nós já tivemos vontade de ser VIP. Talvez na inauguração de um club com dj internacional, uma pré-estréia de teatro, o aniversário de um famoso. A minha maior frustração foi não ter ido ao carnaval de Salvador, onde Bjork esteve presente. Mas depois fiquei pensando: será que vale a pena pegar um avião, pra ficar ouvindo horas, aquele tipo de música que eu abomino, só pra ver de longe seu ídolo cercado por seguranças? Melhor não.
O que dizer quando você convida um amigo pra ir numa festa, e a primeira coisa que ele pergunta é se tem lista VIP? Fico pensando se o cara está com a carteira vazia, economizando ou realmente quer se sentir único, absoluto, desejado. Sim, porque deve ser esse tipo de sentimento que passa na cabeça de um VIP. Ele pára o carro na porta do lugar, já tem um manobrista posicionado pra abrir sua porta - como se fosse um chofer particular - ele dá alguns passos, olha com desdém a fila de convidados "normais", e segue direto para a Hostess, respirando fundo, e diz que está na lista do fulano. Ela rapidamente o acompanha até a área destinada, deixando a fila numa espera interminável. Isso é um clássico!
Hoje em dia, há vários tipos de pessoas muito importantes. Tem as celebrities, os empresários, os atletas (jogadores de futebol não estão inclusos), os estilistas, as modelos, os formadores de opinião, e os fashionistas. Alguns VIPs não fazem parte do mailling dos melhores promoters da cidade somente por seu nome conhecido, mas também por sua posição social, status e importância pessoal, o que os tornam essenciais no evento.
Quem realmente sofre nessa logística é sempre o promoter, hostess ou responsável pela festa. Ele tem a missão de convidar e realizar o RSVP dos convidados que são interessantes pro evento, além de despachar da melhor maneira, o eterno VIP, aquele que mesmo sem ter sido convidado, soube do evento, e resolveu dar as caras. Uma visão clubber do trabalho do promoter está no filme Party Monster com Macaulay Culkin. Assisti duas vezes. Apesar de todo exagero peculiar dos 90´s, retrata fielmente a nightlife de New York. Quer coisa mais VIP? Reunir num único filme Marilyn Manson como um travesti supermontado, Amanda Lepore de figurante, e o Macaulay no papel do precursor Michael Alig? Apesar de trágico, o filme mostra exatamente a atitude do promoter e seus VIPS.
Pra você não fazer feio quando for um convidado VIP, seja numa privé na Love Story ou num evento corporativo na Casa Fasano, tome cuidado com alguns itens.
QUER TESTAR UM NOVO LOOK? UM EVENTO VIP NÃO É O MAIS APROPRIADO!
Outro cuidado que se deve ter é com seu traje. Quando no convite é informado o dresscode, ok, não tem como errar. Agora, não é porque você foi convidado pro coquetel de uma revista de moda, que os organizadores acham que você tem estilo. Pelo contrário. Talvez o convite seja uma forma de mostrar pra ti o que lhe falta pra ser um style people. Acredite naquilo que melhor o favorece. Assim você garante que será convidado pros próximos.
CASO NÃO VÁ ACOMPANHADO, PENSE DUAS VEZES!
Nem sempre você e seus amigos são convidados pro mesmo evento. Nada de puxar conversa com a garçonete, ou ficar rodando o copo de drink vazio. Melhor saída para não parecer perdido quando sozinho, é escolher um lindo óculos escuro, se o evento comportar, claro.
QUEM NÃO DANÇA, COM A CÂMERA SE LANÇA
Se for um evento de sua empresa jamais ouse pisar no meio da pista. Sempre tem aquele sem noção que parece ter ficado trancando durante 10 anos e se lança naqueles horrendos passinhos ao som de Technotronic. O pior é que depois do segundo copo, até seu diretor vai acompanhar. Prefira ficar de longe com sua câmera digital, fotografando tudo. No day after você terá bons momentos de gargalhada. Agora, quando é um evento de música, moda, arte, se joga, sem medo do gongo. Quem é o colunista: Ale di Lima
O que faz: Agente artístico e freqüentador assíduo do underground paulistano.
Pecado Gastronômico: Pavê preto e branco, devorado durante o day off.
Melhor lugar do Brasil: O pôr-do-sol na praia de Ipanema.
Para falar com o Ale: [email protected]
Atualizado em 6 Set 2011.