Sempre fui alucinado pelo carnaval de Salvador: fui para lá seis anos seguidos, entre 2001 e 2007, e não pensava em outro lugar para me divertir. Porém, a idade foi chegando, e a energia para aguentar aqueles seis dias atrás do trio foi acabando.
Neste ano, fui novamente para Salvador, mas a trabalho: cuidei das ativações de Ballantine`s e Absolut no camarote Salvador. Fui responsável pela assessoria artística do Trio da Skol, que contava, nada mais, nada menos, com Will.I.Am, líder da banda Black Eyed Peas.
A apresentação foi na terça, último dia de carnaval, no circuito Barra-Ondina. A princípio, seu set seria de três horas e, como o circuito todo tem a duração aproximada de seis horas, ainda teria a participação de Buchecha e do DJ Botelho, hoje residente do Anexo.
Montamos toda essa programação para estabelecer a melhor hora para Will.I.Am entrar, depois o Buchecha, e qual seria o momento certo para a participação do DJ. Mas todo o planejamento foi deixado de lado assim que Will subiu do Trio, em frente ao Farol da Barra. Dava para perceber, na atitude e nos gestos, que ele estava impressionado com tudo o que via. Eram mais de três mil foliões, fora toda a pipoca que continuou seguindo o trio.
Will parecia uma criança com um brinquedo novo. Seu set list foi repleto de hits, não só do Black Eyed Peas, mas também contou com diversas músicas famosas, que não deixavam nenhum folião parado - teve até funk. Teve um momento que ele não se conteve e subiu em cima da mesa de DJ - mas teve que ser segurado por seu segurança, pois, do jeito que estava empolgado, ele corria risco de cair.
No momento que deveríamos ter a primeira parada de Will, ele não saiu de cima do trio. Ficou todo o momento postando comentários no Twitter. Simpático, chegou a cantar junto com Buchecha e tocar com o DJ Botelho.
O ápice da noite foi quando ele saiu do trio, veio em um guindaste, e foi tocar dentro do camarote da Skol. O público foi ao delírio - e ele também-, pois, ao mesmo tempo, continuava tirando fotos e postando em seu Twitter real time.
O combinado, que eram três horas, estourou: ele não queria mais sair da cabine. Tocou praticamente o trio inteiro, foi realmente muito bacana, e, para mim, totalmente inesperado. Primeiro, porque pensei que fôssemos ter mais dificuldades durante o circuito. Segundo, porque, em nenhum momento, ele deixou ninguém parado: realmente o trio virou uma boate.
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Atualizado em 6 Set 2011.