Inaugurado em julho de 2001, o Café Cultural Sacrilégio tem decoração assinada pelo arquiteto Chicô Gouvea e inspirada nas cores da bandeira brasileira. Na parede principal, há dois anjos segurando o nome Sacrilégio no lugar do original círculo com estrelas do miolo da bandeira nacional. Os pratos também entram no espírito da brincadeira com o nome da casa: é possível pedir pratos como a "heresia de beata", o "pecado da gula", a "fofoca de carola", as "fantasias da madre superiora", a "tentação de freira", o "perdão de bispo", entre outros.

O Café Cultural ocupa o lugar de um antiquário e acabou inserido no processo de revitalização da Lapa, abrindo as portas para a música. A casa, que já era sede da produtora Fazendo Arte Empreendimentos Culturais, passou a abrigar também shows com ícones do samba como Paulinho da Viola, Guilherme de Brito, Xangô da Mangueira e Monarco, além de revelações da nova geração da Lapa, como os grupos Batuque na Cozinha, Galocantô e Toque de Arte. A casa tem a sua história cultural própria. Além de o prédio ser preservado pelo poder municipal, o local foi moradia do compositor e músico João Pernambuco que, enquanto residia no local, realizava saraus com a presença de Villa Lobos, Pixiguinha e Donga.

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