O primeiro semestre de 2016 foi pra lá de movimentado no cenário nacional e internacional de música. Foram dezenas de álbuns lançados, que destacaram desde artistas bem conceituados até os que ainda estão crescendo no meio.
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O ObaOba selecionou 17 álbuns imperdíveis lançados esse ano e que você precisa escutar (e se já ouviu, escutar de novo e de novo):
David Bowie | Blackstar
Lançado dois dias antes de sua morte, o 25º álbum do cantor e lenda David Bowie, Blackstar, reúne sete faixas que apresentam um lado mais ousado e criativo do artista. Com um estilo que mescla jazz e eletrônico, Bowie chegou a comentar que se inspirou em determinados momentos no álbum "To Pimp A Butterfly", do rapper Kendrick Lamar. O álbum é o "must" do ano por ser a última obra lançada por David - e claro, por sua grandiosidade.
Rihanna | Anti
Seguindo uma linha mais conceitual e menos voltada para "agradar a mídia", Rihanna apresentou em seu novo álbum um lado mais artístico e que caracteriza muito bem a nova fase vivida pela cantora. Ao longo do disco, Rihanna aposta em um estilo menos elétrico e totalmente diferente de seus últimos trabalhos, o single "Work" é o mais animado. O álbum ainda conta com um cover da banda Tame Impala, a música "New Person, Same Old Mistakes".
Kanye West | The Life of Pablo
Muito além de um simples disco, West oferece em "The Life of Pablo" uma experiência auditiva para o público. Ao longo do álbum, o produtor trabalha em cima de letras polêmicas, sons psicodélicos e uma nova face do pop ft. hip-hop. Com participação de outros rappers, como Kendrick Lamar e Frank Ocean, Kanye abusa de sua sensibilidade artística ao longo das faixas. "Famous" é um dos singles do álbum e o que mais "causou" na mídia.
The 1975 | I Like It When You Sleep, for You Are So Beautiful yet So Unaware of It
Ao longo das 17 faixas, a banda aposta em sons como o pop dos anos 80 e o R&B, chegando com estilo neste seu segundo álbum lançado em estúdio. Sem um conceito fechado que possa descrever o disco, o grupo se deixou levar por sons variados e cada faixa é como se fosse um novo começo. É impossível ouvir "I Like It When You Sleep, for You Are So Beautiful yet So Unaware of It" - ufa - e não se ater ao espetáculo de texturas sonoras e letras bem formuladas que ele exibe.
Kendrick Lamar | untitled unmastered
Lamar é considerado um dos nomes mais conceituados dentro da música contemporânea e, ao mesmo tempo, um dos artistas menos óbvios. É impossível prever o que acontecerá no próximo álbum lançado pelo rapper. Após o grandioso sucesso do álbum "To Pimp A Butterfly", Kendrick apresenta em "untitled unmastered" um conjunto de faixas que poderiam se encaixar no último disco do rapper.
Zayn | Mind of Mine
O 1º álbum solo do ex-integrante do One Direction demonstra que o artista tem uma boa bagagem artística a apresentar aos fãs. Saindo totalmente do estilo pop/rock do 1D, Zayn explora o seu lado R&B em canções mais calmas e românticas. Mesmo com certa imaturidade, o artista trabalha bem as batidas e o conceito do álbum. O disco mostra claramente o caminho que o cantor pretende seguir e deixa o púbico querendo mais.
Weezer | Weezer
A banda de rock alternativo Weezer finalmente conseguiu recuperar suas raízes neste novo disco. Após "deixar a peteca cair" nos álbuns anteriores investindo muito mais em músicas pré-aceitas pela mídia do que em canções inusitadas, em "Weezer", o grupo mostra que recuperou sua essência. O trabalho é destaque por ser nostalgia pura, mas com um toque contemporâneo.
Beyoncé | Lemonade
O sexto disco de Beyoncé é muito mais do que apenas outro álbum musical e sim uma obra de arte por completo. A artista brinca com sonoridades, traz letras marcantes como em "Freedom" e explora os mais diversos estilos musicais, indo do rock até o R&B e pop. Ao longo das faixas, é possível conferir o incrível emponderamento feminino por parte da cantora e um pop que vai além do clichê.
Drake | Views
Certamente 2016 é um ano de ouro para Drake. O cantor estourou com o single "Hotline Bling" e apresentou em "Views" um projeto sólido e bem trabalhado. Com participações de Rihanna e Future, Drake ostenta musicalidade - por mais que o álbum não traga nada inovador. As 20 faixas do disco trazem um artista já bem consolidado no cenário musical e que não demonstra inseguranças.
Radiohead | A Moon Shaped Pool
Experimental e psicodélico, "A Moon Shaped Pool" não esconde a grandiosidade do Radiohead. Mesmo contendo faixas não ineditas, a banda trabalha muito bem sua espontaneidade ao longo das demais canções. A separação de Thom Yorke e a artista plástica Rachel Owen foi uma das maiores influências do projeto, as músicas, mais melancólicas e que dissertam sobre rompimentos, exploram as facetas de um lado violento e, ao mesmo tempo, sereno da música.
Flume | Skin
O DJ e produtor Flume resgata suas influências em seu disco "Skin" trazendo uma mescla de sons modernos e já característicos do artista. Apostando em batidas do funk, R&B e hip-hop, o músico não se desfaz de refrões melódicos, por exemplo, em "Say It", que conta com a participação da cantora Tove Lo; mas não deixa de lado os sons experimentais.
Ariana Grande | Dangerous Woman
Poderoso e cheio de sensualidade, Ariana Grande se firma ainda mais no cenário pop em seu álbum "Dangerous Woman". As músicas mostram o controle que a artista tem em relação a sua voz, e por isso, não faltam sintetizadores e sons mais modernos ao decorrer das canções. As letras exploram um lado menos imaturo da cantora e se prende a assuntos mais maduros.
Red Hot Chili Peppers | The Getaway
Por incrível que pareça, o Red Hot Chili Peppers conseguiu mostrar um trabalho ainda mais sólido em "The Getaway". Com letras melancólicas, mas que não deixam de lado o estilo rock/pop da banda americana, o disco transita entre sons experimentais que mostram um lado mais empolgado do grupo e menos preso em sua "zona de conforto".
Blink 182 | California
Nostáligo e ao mesmo tempo moderno, "California" mostra o amadurecimento da banda Blink 182 sem deixar de lado suas batidas clássicas de bateria e guitarra. O disco é o 1º produzido com a nova formação da banda que não conta mais com Tom DeLonge; agora, Matt Skiba é o novo vocal do grupo.
Mahmundi | Mahmundi
Após o lançamento de diversos EP's, a cantora Mahmundi explorou todo seu sentimentalismo em seu disco "Mahmundi", trabalho que reúne 10 faixas que seguem um estilo mais intimista e batidas que vão do synthpop ao R&B. O álbum da cantora está, até o momento, entre os mais bem produzidos de 2016.
Metá Metá | MM3
Muito rock psicodélico e jazz englobam as nove faixas do "MM3", trabalho produzido pelo trio do Metá Metá. O cenário alternativo é conceito básico dentro das faixas oferecidas pelo grupo, não faltam novas sonoridades e bons arranjos de vocal e instrumentos musicais. A busca incessante da banda por explorar o novo é o que deixa o disco ainda mais irresistível.
Céu | Tropix
Cheio de preciosidades, o álbum "Tropix" chega com um lado mais minimalista em questões vocais e muito bem trabalhado em sintetizadores e novas sonoridades. As doze faixas do disco mesclam a voz doce de Céu com sua faceta musical pra lá de brasileira e cheia de consistência.
Por Juliane Romanini
Atualizado em 9 Ago 2016.