Coldplay arrasa na penúltima noite do Rock in Rio

Por Janaina Pereira, do Rio de Janeiro

Depois da noite dançante com Shakira e Ivete Sangalo, o Rock in Rio recebeu atrações do cenário pop-rock neste sábado, dia 1. No Palco Mundo, o elegante Frejat foi o primeiro a se apresentar, e levantou a galera com covers - Caleidoscópio, dos Paralamas, e Você, de Tim Maia - e sucessos do Barão Vermelho como Bete Balanço e Por Você. No final, sacudiu a multidão com o hit Puro Êxtase.

Em seguida foi a vez do Skank bater um bolão em um dos melhores shows nacionais do Rock in Rio. A banda mineira agitou com músicas como Vou Deixar e Garota Nacional, e transformou a Cidade do Rock no Maracanã quando cantaram a vibrante Uma partida de Futebol. O vocalista Samuel Rosa agradeceu o carinho do público e filmou a platéia para o site do grupo.

O Maná teve a difícil missão de manter a galera animada depois da apresentação avassaladora do Skank. O grupo mexicano fez um show morno, cantando algumas canções conhecidas do público como Corazon Espinado, mas a galera não se empolgou. O clima mudou com o Maroon 5, uma das bandas mais esperadas do festival, que entrou na programação após a desistência de Jay-Z. O grupo arrebatou especialmente o público feminino, que vibrou com o vocalista Adam Levine. O show começou por volta de 23h20, já levantando a multidão com seu atual sucesso Moves like Jagger, feita em homenagem ao vocalista dos Rolling Stones.

A partir daí foi uma sequência de muitos hits, como Harder to Breathe, Stutter e This Love, todos acompanhados pelo público. O grupo retribuiu fazendo o show com uma bandeira do Brasil - assinada pelos fãs. No bis, Levine e cia fizeram uma bela versão de She Will Be Loved, primeiro cantada à capela pelo vocalista, e depois acompanhada da banda e do público. Adam Levine dedicou a música às 'incríveis e belas mulheres brasileiras", provocando muitos gritos da mulherada. Ele ainda conseguiu a proeza de dividir a plateia no refrão da música, em total harmonia, mostrando que além de carismático e bonitão, sabe levar o show na voz e na interatividade. No final das contas o público agradeceu por Jay-Z não ter vindo.

Para encerrar a noite, outra banda muito aguardada, o Coldplay, que tem público fiel no Brasil. Eles entraram ao som da trilha sonora do filme De volta para o Futuro, e abrindo o show com Mylo Xyloto, nome ao novo disco da banda, que aproveitou para apresentar outras canções deste novo trabalho alternadas com sucessos, entre eles Yellow, The scientist, Charlie Brown, Clocks, e Living la Vida. Lightsticks, chuva de papel colorido picado, telões psicodélicos e pichações fizeram da apresentação do grupo inglês um espetáculo visual.

O vocalista Chris Martin conversou várias vezes com a platéia em português, levou um tombo, pixou "Rio" no palco, cantou um pedaço de "Mais que Nada", homenageou Amy Winehouse cantando o refrão de Rehab e ainda vestiu a camisa "Rio eu amo, eu cuido" ao final do show, agradando aos fãs que aplaudiram calorosamente e saíram satisfeitos da penúltima noite do festival.

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