O que acontece quando Criolo, Tom Zé, O Terno, 5 a Seco e Trupe Chá de Boldo dividem um mesmo palco? E quando live paiting, exposição de zines bacanudos e celebração da cultura e da arte underground também entram na festa? O resultado foi o Coala Festival, evento brasileiro que, em sua estreia, levou ao Memorial da América Latina música de primeira, além de experiências e manifestações artísticas - e mandou muito bem fazendo tudo isso!
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O destaque, é claro, foi para os shows, que mostraram a diversidade e qualidade da música brasileira atual. Bem organizado, o Coala deixou a impressão de que não é só de Lollapalooza e Planeta Terra que vive a nossa cultura de festivais, e que há muito espaço para coisa nova e, olha só, muito boa! Confira como foi:
Experiência
Com um olhar para outras experiênicas além da música, o festival trouxe os artistas Boleta e Bailon, que criaram grafites ao vivo. As editoras Kaput e Vibrant e o Projeto Pingado representaram o mundo dos zines e das ilustrações com exposição e venda de trabalhos. As marcas Seiva Boards e Leaf também estavam por lá. Além das comidinhas tracionais de festival, o Coala investiu também na tendência dos food trucks. Quem também deu as caras foi a Escola São Paulo, com intervenções mega bacanas.
Serviço
ObaOba gostou: área para descanço delícia, com grama sintética, cadeiras de praia, futons e esteiras // food trucks com comidinhas 'gourmet' // lojinha com produtos oficiais das bandas // stand da Escola São Paulo // double Budweiser durante o show do 5 a Seco // stand da Lucky Strike com esqueiro para os esquecidos de plantão // Trident de graça.
ObaOba não gostou: poucos cinzeiros e latas de lixo espalhados pelo local // desorganização dos caixas, com poucos postos que aceitavam cartão, acarretando em filas maiores // filas enormes para o banheiro feminino (até quando isso, Brasil?) // desorganização do bar (um tempão para conseguir uma cerveja).
Pontos positivos aqui, alguns nagativos ali, mas o resultado foi: galera feliz!
Música
Com público ainda tímido, os meninos do 5 a Seco abriram o festival com sucessos como "Abrindo a Porta" e "Deixa Estar". Fechando a tarde, Tom Zé levou a sua irreverência e clássicos ao palco, em show assistido também por um belo pôr do sol. A primeira apresentação da noite foi d'O Terno, que mostrou canções do seu primeiro trabalho, "66", e também composições que farão parte do próximo álbum.
Já com o Memorial muito mais lotado, a Trupe Chá de Boldo colocou todo mundo para dançar, com os seus 13 integrantes e músicas do novo disco, o "Nave Manha".
Com o show mais esperado do dia, Criolo provou porque é um dos nomes mais representativos da nova música nacional. Apresentou o seu habitual repertório, com destaque para "Bogotá", "Subirusdoistiuzin" e, é claro, "Não Existe Amor em SP". Sem dúvidas, a melhor escolha para fechar o festival.
Também se apresentaram: Charlie e os Marretas, Beto Chuquer, Shaka, Dre Guazzelli e Davida Busca Vida.
Ah, teve ainda um coala arrasando na coreô ao som do duo Shaka. Adoramos tudo! Partiu segunda edição?
Por Ricardo Archilha
Atualizado em 17 Mar 2014.