Nada de Killers, Cake ou Flamming Lips. O headliner do primeiro dia do Lollapalooza 2013 foi a lama. Não bastasse a terra molhada para atrapalhar o caminho de um lado a outro do Jockey, ela ainda veio acompanhada de um desagrádavel cheiro de estrume de cavalo.

A culpada foi a chuva da madrugada de quinta para sexta, aliada a um gramado mal cuidado. No começo da tarde, em alguns trechos do local, não havia grama nenhuma, em outros havia grama na altura dos joelhos. Deu para perceber que não houve uma preocupação em cuidar do gramado antes do festival.

Confesso, em menos de 5 minutos dentro do Lolla, consegui afundar um pé inteiro na lama para pegar uma ficha no caixa. Um triste fim para o branco do meu tênis. Mas sujeira não é suficiente.

O estado do gramado no local causou o congestionamento de pessoas entre um palco e outro, um problema enorme num festival como o Lollapaloza onde um show começa imediante logo após o outro, do lado oposto do Jockey (e este jornalista que vos escreve tem de ir rápido de um ponto a outro).

Já os arredores do Palco alternativo pareciam um mangue. Ficava impossível pular e curtir uma apresentação quando você está tentando se equilibrar no barro. Em um momento, enquanto andava no escuro, consegui afundar até a canela em um enorme buraco de lama.

Até mesmo o Palco Perry, o único coberto e voltado para a música eletronica, sofreu com a lama. Partes do piso emborrachado parecem seguras, mas ao pisar nele, ele afunda na lama. Quase uma armadilha do Indiana Jones.

É de tirar o bom humor de qualquer um. Ainda bem que não choveu forte no primeiro dia (apenas uma garoa) e as poças pareciam mais remancentes da chuva da madrugada. Mas, a previsão já indica que domingo vai chover. De verdade. Que maravilha.

Dicas para evitar a lama no Lollapaloza: