Explosões sonoras em meio a um minimalismo assustadoramente perfeito. Assim o Explosions in the Sky passou pelo SESC Belenzinho – para uma série de dois concorridos shows -, como quem deixa um recado claro, inspirador e tocante.
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O grupo de post-rock nascido no Texas era uma das atrações do cancelado Sónar São Paulo. O anuncio da não realização do festival entristeceu os fãs de Explosions que, ao saber do anuncio das apresentações no SESC, começaram uma busca incessante por entradas (tinha gente oferecendo R$ 100 na porta do SESC por um ingresso que, originalmente, custou entre R$ 8 e R$ 32).
A dedicação dos fãs pelo grupo instrumental é completamente justificada no início da apresentação, pontualmente às 21h30. Com um português afiado, o guitarrista Munaf Rayani saúda o público e avisa: “Nós somos o Explosões no Céu”. Pronto. O espetáculo vai começar.
“First Breath After Coma”, canção que abre o álbum The Earth Is Not A Cold Dead Place, de 2003, foi a escolhida para dar início a apresentação. Um show de uma hora e meia – acabou às 23h – teve, ao todo, nove canções executadas. Sem nenhuma interação com o público – não foi necessário -, o Explosions emocionou com seus sons recheados de camadas e variações de intensidade.
Não havia espaço para aplausos. O foco do público no preciosismo dos músicos era total. Na plateia, qualquer ruído era automaticamente combatido com um rigoroso “SHHHHIIIIIIUUU”.
No fim, um contido “tchau” aos fãs, que, em êxtase, agradeceram pela noite mágica.
Veja o setlist do show:
"First Breath After Coma"
"Catastrophe and the Cure"
"Memorial"
"Postcard from 1952"
"The Birth and Death of the Day"
"Your Hand in Mine"
"Greet Death"
"Let Me Back In"
"The Only Moment We Were Alone"
Por Anderson Nascimento
Atualizado em 24 Mai 2013.