Guia da Semana

Este ano, a Virada Cultural investiu ainda mais na diversidade cultural. E o Palco Praça da República é um dos grandes exemplos dessa preocupação da organização do evento. Dedicado exclusivamente ao samba, o espaço teve o Raça Negra como primeira atração, abrindo os trabalhos, às 18h.


Um dos ícones do gênero "pagode romântico", o Raça Negra - que sempre teve público leal - voltou aos holofotes da grande mídia graças ao revival da década de 1990, período que marcou o auge do grupo liderado pelo vocalista de língua presa Luiz Carlos.

Os milhares que acompanharam a apresentação do Raça Negra na Virada mostraram o quão heterogêneo é seu público. Uma mistura incontável de estilos cultiva admiração pelo grupo: da senhora de meia idade que gosta do som desde que tinha vinte e poucos anos nos anos 1990 até o rapaz novo e "descolado" que pegou carona no hype que hoje envolta a obra de Luiz Carlos e cia.

Ao som de hits como "Cigana", "Que pena", "Jeito felino" e "Deus me livre", o Raça Negra contagiou o público variado que lotou o Palco República. Mas, o grande momento da noite, claro, ficou para o final: o hino "Cheia de manias" - aquela do Di di di di di di diê - fez os milhares cantarem junto. Tribos distintas unidas pela paixão ao Raça Negra.

Por Anderson Nascimento

Atualizado em 19 Mai 2013.