O Rei Leão - O Musical usa diferentes recursos para reproduzir nos palcos - e da melhor forma possível - a animação da Disney. Dentre as técnicas utilizadas estão o Bunraku, uma tradicional técnica de manipulação de bonecos japonesas, até o design de figurinos inspirado nos hábitos africanos do século XVII. O resultado, claro, é um espetáculo aclamado pelo público e crítica.
Em 2012, O Rei Leão ultrapassou o Fantasma da Ópera e se tornou o musical mais lucrativo da história da Broadway. Desde sua estreia, em 1997, a peça arrecadou mais de 850 milhões de dólares em Nova York e 5 bilhões de dólares ao redor do mundo - mais do que todos os seis filmes da franquia Star Wars reunidos, por exemplo.
A responsável por dar magia à produção é Julie Taymor, diretora e designer de bonecos e figurinos do espetáculo. Mais do que uma adaptação de desenhos da Disney, a produção é uma grande homenagem à arte e cultura africana.
Música
O compositor sul-africano Lebo M. foi o responsável pela adaptação da trilha sonora. Junto à orquestra, foram incorporados instrumentos de percussão típicos dos ritmos africanos, como as congas, o caxixi, o shekere, entre outros.
Outras inspirações africanas podem ser encontradas nas cenas do personagem Rafiki, que abre o espetáculo com uma canção interpretada em Swahili, uma língua africana – além dessa, outras cinco línguas africanas são usadas nas músicas: Zulu, Sotho, Tswana, Congolese e Xhosa.
Maquiagem
Todas as pinturas dos rostos dos personagens de O Rei Leão - O Musical são inspiradas nas pinturas típicas de tribos africanas. As maquiagens do Rei Mufasa e Simba, por exemplo, foram inspiradas nas pinturas de rosto dos guerreiros Maasai. Já o make de Nala remete à tribo de Wodabe, do centro-oeste da África.
Máscaras
A criação das máscaras dos atores que interpretam leões é outro grande recurso estético do espetáculo. Para a confecção dos objetos, os criadores isolaram a essência de cada personagem e a tornaram o tema principal da máscara. No caso de Mufasa, por exemplo, a essência é a simetria, já que ele é um personagem justo e íntegro. Diante disso, sua máscara, que contém diversos círculos, remete ao deus sol, ao centro do universo e ao ciclo da vida.
Cenário
Os cenários foram inspirados em paisagens da África. As imagens de fundo foram desenhadas com a estética dos símbolos geométricos africanos (o mesmo desenho repetido várias vezes). Já para dar vida à cena do estouro da manada, momento em que o pai de Simba morre, elementos do teatro do século XVIII foram as grandes inspirações.
Figurino
Todas as estampas dos figurinos foram inspiradas em texturas ou trajes típicos de tribos africanas. As peças de roupa, por exemplo, transitam por vários mundos, com inspirações na Inglaterra Vitoriana, caso do figurino do personagem Zazu, ou de roupas tradicionais da Indonésia, presentes no figurino de Mufasa.
A qualidade do figurino foi reconhecida mundialmente e, devido a esse feito, peças e desenhos da produção estão expostos em dois grandes museus: o Smithsoniano, de Nova York, e o Victoria and Albert Museum, de Londres.
Atualizado em 2 Mai 2013.