Se o Cirque du Soleil por si só já é sinônimo de cor, movimento e fantasia, ter um espetáculo da companhia dirigido pela coreógrafa brasileira Deborah Colker só poderia resultar em algo majestoso. Com uma expertise única, Colker criou uma linguagem própria e singular, que transborda para cada uma de suas criações. Não por acaso, assinou trabalhos aclamados pelo mundo inteiro.
Com uma clara referência ao monolito de Kubrick em "2001: Uma Odisseia no Espaço", o espetáculo começa com um ovo gigantesco sobre o palco, cobrindo grande parte da cena; causando estranhamento no público e curiosidade nos personagens.
Para quem ainda não conhece, "OVO" conta uma história de amor e fantasia que acontece no universo dos insetos, que não reconhecem o objeto misterioso e, até então, estrangeiro. Como uma lupa, o show nos coloca dentro do habitat de borboletas, gafanhotos, aranhas, joaninhas e também dos ovos, que são símbolo atemporal da fertilidade e renovação, e aparecem de diferentes formas durante a apresentação.
Com dança, acrobacias, muita bossa nova e números fantásticos, o show tem tudo para agradar ao público. O Guia da Semana reuniu 5 bons motivos pelos quais você precisa assistir ao espetáculo Ovo, do Cirque du Soleil. Confira:
ENREDO
Foto: Marcos Mesquita
"OVO" acontece no habitat onde vivem os insetos - às vezes numa floresta, em outros momentos numa caverna e até mesmo em nossas casas. É nesse ambiente orgânico, que se transforma em tantos outros lugares, que o misterioso objeto do mundo exterior torna-se um enigma aos olhos dos personagens.
Assim, o espetáculo conta uma história que busca o amor e a aceitação; fazendo com que nós, adultos, possamos voltar um pouco no tempo e lembrar como era olhar uma formiga, brincar com um tatu-bolinha e observar uma joaninha; além de refletir temas atuais como imigração e acolhimento.
DEBORAH COLKER
Foto: Marcos Mesquita
Deborah Colker é referência quando o assunto é dança e movimento. Com trabalhos como Mix, Rota, Casa, 4 x 4, Nó, Dínamo, Cruel, Tatyana, Belle e Velox, foi aclamada pela crítica e, agora, além de estar a frente do belíssimo espetáculo "OVO", também tornou-se um marco, pois foi a primeira mulher a dirigir um espetáculo no Cirque Du Soleil.
Entretanto, mesmo com toda a sua experiência, o processo criativo foi exaustivo e exigiu que ela deixasse de lado seu método habitual de trabalho – que, segundo ela, foi um grande desafio:
"Eu tenho uma linguagem cenográfica muito física e, para mim, os movimentos dos insetos se traduzem nessa emoção. OVO reflete minha formação em dança, claro, mas também o meu amor pela música ao longo da vida, a inspiração que eu tiro do esporte e a vivacidade que você pode descobrir em todos os aspectos da vida. Adoro trabalhar em grande escala e criar um grande impacto com toneladas de energia e emoção dentro do palco", diz.
CIRCO
Foto: Marcos Mesquita
Embora Debora seja coreógrafa e tenha recebido carta branca para reunir quantos bailarinos quisesse, ela optou por trabalhar com acrobatas. O motivo? Quis colocar sua marca e sua maneira de falar através do movimento, fazendo com que acrobatas dançassem. É a dança a serviço da acrobacia, criando um ninho de movimentos, que brincam com o cenário interativo.
ARTE E BRASILIDADES
Foto: Marcos Mesquita
Em um trânsito de linguagens, o espetáculo fala pelo corpo, pela música, pela dança, pelo cenário e também pelas roupas. Na trilha sonora, tocada ao vivo e em cena, sons reais de insetos misturam-se com percussão, bossa nova, samba, xaxado e funk; que abraçam o figurino marcante e colorido, inspirado por super-heróis futuristas e armaduras de diferentes épocas.
EQUIPE MULTICULTURAL
Foto: Marcos Mesquita
A equipe de OVO reúne pessoas de 17 países: Austrália, Bielorrússia, Bélgica, Brasil, Canadá, Chile, China, Dinamarca, França, Taiwan, Moldávia, Rússia, Mongólia, Espanha, Ucrânia, Reino Unido e Estados Unidos.
SERVIÇO
Os ingressos começam a ser vendidos para o público geral no dia 29 de novembro. Clientes do Bradesco poderão participar de uma pré-venda a partir do dia 6 de novembro, com desconto de 20%.
A temporada tem início em Belo Horizonte, onde fica em cartaz de 7 a 17 de março, e depois segue para o Rio de Janeiro, de 21 a 31 de março. Em seguida o show vai para Brasília, de 5 a 13 de abril e, por último, para São Paulo, de 19 de abril a 12 de maio. Os valores das entradas variam de R$130 a R$580.
Atualizado em 6 Nov 2018.