O sucesso do filme O Rei Leão pode ser explicado, dentre inúmeros motivos, pela sua linda história de amor. E amor de diferentes formas, como o de pai e filho, de homem e mulher, pela natureza, pelo povo ou simplesmente pelo amor à vida.
Essas e outras características do filme foram levadas em consideração pela Broadway no momento da produção do espetáculo. Muitas cenas, personagens e figurinos são fielmente reproduzidos no show que já foi visto por mais de 66 milhões de pessoas.
Comparado ao filme da Disney, a produção da Broadway sofreu algumas modificações. Além disso, em relação ao musical da Broadway, a versão brasileira do espetáculo também possui algumas alterações.
O Guia da Semana listou algumas diferenças entre o filme da Disney e o espetáculo da Broadway. Confira:
Influência africana na trilha sonora
Além das famosas músicas de Elton John e Tim Rice feitas especialmente para o filme, o espetáculo conta com um material adicional. O compositor sul-africano Lebo M. foi o responsável pela adaptação da trilha sonora. Junto à orquestra, foram incorporados instrumentos de percussão típicos dos ritmos africanos, como as congas, o caxixi, o shekere, entre outros. Outras inspirações africanas podem ser encontradas nas cenas da personagem Rafiki, que abre o espetáculo com uma canção interpretada em Swahili, uma língua africana – além dessa, outras cinco línguas africanas são usadas nas músicas: Zulu, Sotho, Tswana, Congolese e Xhosa. O som resultante de O Rei Leão – O Musical é uma fusão da música popular ocidental e os diferentes sons e ritmos de África, que vão desde a música que rendeu o Oscar "Can You Feel The Love Tonight" até a balada "Shadowland".
Brasilidade nas canções
A adaptação brasileira do musical da Broadway, espetáculo também dirigido por Julie Taymor e produzido por Thomas Schumacher (presidente da Disney Theatrical Productions), traz Gilberto Gil como autor das canções do musical e Rachel Ripani como a responsável pela tradução do script. A famosa canção "Esta Noite o Amor Chegou", por exemplo, virou "Deve Haver o Amor Aqui".
Rafiki é mulher
Diferente do filme, o xamã Rafiki é interpretado por uma mulher. Segundo Julie Taymor, diretora criativa, a escolha de uma mulher foi proposital, pois a história não tem uma mulher de personalidade forte. “Se a mãe de Simba fosse essa mulher, ele não teria desertado do reino para seguir aquela jornada”, afirmou. A atriz africana Phindile Mkhize é quem vai interpretar o sábio babuíno, que é o responsável pelo batismo de Simba e também por abrir os olhos do futuro rei em relação ao seu passado – vale destacar que Phindile Mkhize já fez parte da mesma produção na Broadway.
Sarabi ganha notoriedade
No filme, Sarabi, a mãe de Simba, aparece poucas vezes. Já no musical, a personagem, que também é esposa do Rei Mufasa, ganha um pouco mais de notoriedade e aparece em diversos momentos do espetáculo.
Por Anna Thereza de Almeida
Atualizado em 28 Mai 2013.