O espetáculo O Rei Leão é um dos musicais mais populares da Broadway, com 20 produções ao redor do mundo. Desde a sua estreia em 13 de novembro de 1997, a produção já foi vista por mais de 66 milhões de pessoas, arrecadando mais de US$ 5 bilhões – a montagem original ostenta o título de maior bilheteria da história da Broadway, com arrecadação de US$853,8 milhões desde sua primeira apresentação.
Produzido pela Disney Theatrical Productions (sob a direção de Thomas Schumacher), o espetáculo já foi realizado em 15 países diferentes e traduzido para oito idiomas: japonês, alemão, coreano, francês, holandês, Mandarim, Espanhol e agora Português.
Aclamado pela crítica
Não bastassem os números citados, o show ainda é ganhador de seis prêmios Tony® em 1998: Melhor Musical, Melhor Design de Cenário, (Richard Hudson), Melhor Figurino (Julie Taymor), Melhor Design de Iluminação (Donald Holder), Melhor Direção de Coreografia (Garth Fagan) e Melhor Direção, prêmio que fez de Julie Taymor a primeira mulher na história do teatro agraciada com a honra.
Além disso, o espetáculo também ganhou mais de 70 prêmios ao redor do mundo, incluindo a NY Drama Critics Circle Award, como Melhor Musical em 1998, o Grammy® de Melhor Álbum para um musical em 1999, o Evening Standard Award pelo Evento Teatral do Ano de 1999, e o prêmio Laurence Olivier de Melhor Coreografia e Melhor Figurino.
Da tela para o palco
Um dos maiores desafios enfrentados por Tom Schumacher, produtor do musical, e Julie Taymor, diretora do show, foi transformar um filme de apenas 74 minutos em um musical de duas horas e meia. Para isso, os dois enfrentaram outro desafio: fazer o público imaginar que o que eles viam no palco eram realmente animais.
Mas a visão criativa de Julie Taymor conseguiu realizar esse milagre: os atores que usam as máscaras de animais ficam totalmente visíveis. “O escultor tem apenas uma oportunidade para incorporar o temperamento, a raiva e a paixão de um personagem para contar toda a história. Eu pensei: E se eu criar máscaras gigantes que realmente seriam Scar e Mufasa, mas tivessem o rosto humano revelado abaixo, para não perder a expressão facial e não esconder o ator?”, explica Julie Taymor.
Devido a esse recurso (a soma da figura do animal com a do ator), cada espectador, com a sua própria imaginação, consegue visualizar um espetáculo único e mágico.
Por Anna Thereza de Almeida
Atualizado em 2 Jun 2013.