Guia da Semana

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É um belo exercício, trabalha as pernas, a postura, a respiração, etc etc. Tudo isso já se sabe sobre o ato de pedalar. E não deixa de ser verdade - em alguns casos, médicos recomendam mesmo que o paciente deixe o carro em casa e percorra pequenas distâncias em uma "magrela". Mas o que tem de tão interessante na bicicleta?

A história dela remonta à Idade Média. Leonardo da Vinci, o famoso pintor, escultor, arquiteto e outras várias profissões, fez um desenho de algo parecido com um veículo que trafegava em duas rodas ainda no século 15, que já mostrava sinais dos pedais. O modelo evoluiu com os muitos anos até chegar no formato básico que temos hoje. O "básico" se refere às mesmas duas rodas, corrente, pedais e selim, porque sua forma atual é tão variada que atende a vários gostos. Tem desde as equipadas para trilhas no meio do mato, as mais adequadas para andar em terrenos planos, as dobráveis, as elétricas, as ultraleves, as clássicas...

À parte os tipos de bicicleta, vamos por partes. Se você comprou uma e quer começar a pedalar por aí, alguns cuidados são sempre importantes. Não pense que já vai sair com ela em um percurso de dez quilômetros, especialmente se te falta preparo físico. É sempre bom partir para trajetos mais simples, que não tenham morros muito íngremes, e em ruas de pouco movimento, para adquirir confiança no seu equilíbrio. Falo isso por experiência própria: não é fácil disputar com os carros um espacinho no asfalto se você não tiver agilidade para desviar deles.


Ao mesmo tempo que você vai se sentindo seguro, seu condicionamento físico vai melhorando, o que te permite ir mais longe. Um bom lugar para andar de bicicleta são os parques - alguns deles até disponibilizam bikes para alugar. O único trânsito que você terá de ter cuidado é com o de pedestres que também tiraram o dia para passear.

A bicicleta te permite ver a cidade com outros olhos. Nada de vidros à sua frente: o vento deslizando pelo rosto é uma das primeiras - e, provavelmente, inusitadas - sensações, ainda mais para quem está acostumado a somente andar de carro. A praticidade é outro ponto positivo: entra em espaços bem mais reduzidos, é mais fácil para estacionar e você talvez levaria menos tempo no mesmo percurso do que se fosse usar o carro.

Claro que tem lá suas limitações. Dias chuvosos não são lá muito adequados - a não ser que você queira partir para uma trilha enlameada. O risco de escorregões é maior com o asfalto molhado e, se você não pretende chegar ensopado ao destino, melhor deixá-la em casa. Outro ponto é a pouca quantidade de bagagem que você consegue levar. Esqueça grandes compras de supermercado ou transportar objetos volumosos. Além de não ser fácil, é perigoso.

Mas bicicletas não foram feitas para ser meios de transporte de carga, e sim de passeio mesmo. Sem contar que você contribui com o meio ambiente: sem emissões de gás poluentes, a bike é uma das campeãs do transporte limpo - anda, com o perdão do trocadilho, de mãos dadas com as caminhadas a pé. Então deixe a preguiça de lado e aproveite o grande barato que só as duas rodas da sua bicicleta podem te oferecer!

Leia as colunas anteriores de Vanessa Zampronho:

Come on, join the Joyride

Deixe a preguiça em casa


Quem é a colunista: Jornalista por profissão, otimista por convicção e curiosa por...curiosidade mesmo.

O que faz: Jornalista e ex-teacher de inglês.

Pecado gastronômico: Comida japonesa é sempre bem vinda.

Melhor lugar do Brasil: Qualquer lugar onde eu me sinta bem!

O que está ouvindo no carro, iPod, mp3: Joss Stone, hits dos anos 80, Roxette.

Fale com ela: [email protected]

Atualizado em 6 Set 2011.