Sem gastar muito dinheiro e mantendo o olhar atento ao redor, rodar com a magrela traz mais emoção a qualquer viagem e coloca o turista no lugar de cidadão comum. Mas para isso, as cidades precisam ter estrutura como ciclovias, sistemas de aluguel de bicicletas públicas, estacionamentos seguros e apropriados.
Foto: PH Schineider
Flagrante das bicicletas nas ruas de Amsterdã
Apesar serem grandes capitais, Londres, Paris e São Paulo ainda engatinham sobre duas rodas, e só recentemente começaram a oferecer a estrutura necessária, com bicicletas elétricas no estrangeiro, e as mais comuns na capital paulista. Elas ainda têm muito a aprender com as campeãs em ciclovias e estrutura. Veja as principais:
Amsterdã
A capital da Holanda é também a capital das bicicletas no mundo. Para se ter uma ideia, em 2006 eram mais de 465 mil bikes na cidade. Atualmente, esse tipo de transporte representa cerca de 40% dos deslocamentos locais.
Estacionamentos e pontos de aluguel, vias largas e específicas e uma política do governo em sobretaxar carros e estacionamentos para automóveis foram as medidas tomadas para a promoção das pedaladas, junto com o pequeno perímetro urbano. Basicamente todos os pontos turísticos são ligados pelo transporte limpo: o Vondelpark, os Museus Van Gogh, Rijks, Rembrant, Dan Square, entre outros.
Copenhague
Foto: City Bike/Site oficial
A capital da Dinamarca possui mais de 110 pontos de estacionamento
Imagine uma cidade em que quase 40% da população usa a magrela como principal transporte de casa para o trabalho? E onde o governo tem um programa de requalificação profissional para estimular oficinas e serviços com a magrela? Ao norte do Velho Continente, Copenhague dá o exemplo, dividindo com Amsterdã o título de cidade bike-friendly.
São duas mil bicicletas públicas com mais de 110 pontos de estacionamento. O centro da cidade é dedicado a elas, com sinalizações especiais e separadas das vias principais. Todo o entorno do porto, onde ficam pontos turísticos como a contemporânea Ópera da Cidade e o Teatro Real, estão na rota das pedaladas.
Bogotá
Foto: Wikipedia
Grupo à frente do Capitólio, na capital colombiana
No alto dos Andes, a capital colombiana utilizou a bicicleta para transformar a paisagem humana. No final da década de 90, a cidade decidiu investir no ciclismo como forma de transporte público junto com um integrado projeto urbanístico. Deu certo. Atualmente, são 345 km só para elas.
O bairro da Candelária, no centro histórico da cidade, é uma das áreas acessíveis com o transporte limpo, permitindo cidadãos e turistas aproveitarem os traços coloniais da Plaza de Bolívar, como a Capital Primada (a Sé local), a Capela do Sagrado, o Capitólio e outros pontos.
Portland
Na terra do automóvel, Portland faz de tudo para ser diferente. A fria cidade do estado norte-americano do Oregon possui uma ampla rede de ciclovias ligando todos os cantos da cidade, ultrapassando a marca dos 415 Km.
Foto: Brigde Pedal/Site Oficial
Ciclistas de Portland, na Brigde Pedal, no ano passado
A principal mobilização pela magrela vem da própria população, que já organiza há 15 anos a corrida anual Brigde Pedal, entre outras maratonas e passeios ciclísticos. As diversas pontes do Rio Providence, marca da cidade, formam o percurso do evento. Além do passeio anual, pontos como o Palácio da Justiça, Pioneer Square e o Parque Tom McCall são outros pontos onde a bicicleta é bem-vinda.
Atualizado em 6 Set 2011.