O MOVA é um coletivo muito simpático formado por um grupo de sete amigos que se conheceram na universidade. A ideia dos integrantes surgiu da necessidade de por em prática toda a teoria que Flávio Raffaelli, Ana Beatriz Nestlehner, Gabriela Deleu, Gabriele Toth, Andrea Barcelos e Luiza Strauss absorveram durante a faculdade. “Menos projeto e mais ação”, é o lema do coletivo.

“Somos um grupo oficial de sete pessoas, mas nosso coletivo é de caráter participativo. Todos nós somos formados em arquitetura e urbanismo e um dos objetivos é agregar novas as pessoas em toda nossas ações, assim incentivando-as a prática da arte na cidade”, diz Flávio Raffaelli em entrevista ao Guia da Semana.

Em 2011, o MOVA fez a sua primeira intervenção. Foi um painel de 80 m² no Estudio 3 da FAU (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo), na USP. Até hoje o painel continua lá. Segundo Flávio, “foi um trabalho colaborativo com outros alunos, que se motivaram pela ação”.

Flávio conta que eles se reúnem esporadicamente para discutir quais serão os próximos passos do MOVA, sempre trazendo a ideia de divulgar a arte através de homenagens a artistas como por exemplo Athos Bulcão, Hundertwasser, Volpi e outros. “A nossa técnica é o lambe-lambe em papel de seda, ou outros tipos de papeis coloridos, modulares e geométricos”, explica.

Qualquer um pode ajuda-los nas construções dos painéis e, para facilitar a integração com outras pessoas, o “grupo fixo” serve como coordenadores durante o processo. “Durante a confecção dos painéis tentamos chamar as pessoas para participar, mostrar como esta técnica pode ser trabalhada por todos. Sempre estamos abertos e dispostos a agregar novos participantes fixos. Agora, os participantes "móveis" são diferentes todas as vezes. São transeuntes, moradores do local, vizinhos, amigos...”, conta o arquiteto.

Além do trabalho no Estúdio 3, o MOVA desenvolveu painéis no Palco do Lago, também na USP, na Arte da Vila 2010, na Vila Madalena, e no muro do ateliê do artista plástico Bill Soarez. Domingo, dia 27 de abril, o coletivo faz um novo painel em um muro da Rua Rodésia, na altura do número 34, na Vila Madalena.

“Acredito que esse tipo de ação promove uma sensibilização para a percepção do ambiente urbano. Estando nas ruas, esses murais chamam o olhar para a existência de uma barreira física que está ali. Ou mesmo, promove a sensibilização para a compreensão do valor de um trabalho coletivo feito com carinho; e também coletivo voltado para o espaço público”, concluí a arquiteta Andrea Barcelos.