O tênis tem uma história curiosa nas Olimpíadas, com mudanças e até interrupção. O esporte estava incluído na primeira edição dos jogos, em Atenas-1896, e fez parte da grade olímpica até os jogos de Paris-1924, quando foi removido para as Olimpíadas seguintes. Após longos 64 anos, o esporte voltou a ser olímpico em Seul-88 e não saiu da grade até então.
Na chave masculina de simples, a era "moderna", desde 1988, não teve nenhum bicampeão olímpico nas sete edições. Grandes nomes como Andre Agassi (EUA), Yevgeny Kafelnikov (RUS), e os atuais Rafael Nadal (ESP) e Andy Murray (ESC) ganharam medalha de ouro. Uma curiosidade é que até 1992 não havia disputa de 3º e 4º, os semifinalistas que perdiam dividiam o bronze.
O Brasil não tem nenhuma medalha olímpica em qualquer modalidade do tênis. A grande esperança foi no ano 2000, quando Gustavo Kuerten, o Guga, era um dos grandes favoritos, mas foi eliminado nas quartas-de-final por um de seus rivais da época, o russo Yevgeny Kafelnikov, que acabou ficando com o ouro.
O critério para classificação dos Jogos são os rankings da ATP e da WPT, respectivamente dos homens e das mulheres. Os 56 primeiros podem participar das Olimpíadas se desejarem, respeitando o limite de quatros jogadores por país por chave. A ITF (International Tennis Federation) garante mais seis vagas, sendo que uma delas é para o principal brasileiro do ranking, caso não esteja entre os 56 até o dia 6 de junho de 2016.
O craque Roger Federer, maior vencedor da história, continua encantando o circuito mesmo com seus 34 anos. O suíço não ganhou a medalha de ouro e teve de amargar a prata nos Jogos de Londres, em 2012. Ele terá a companhia do número 1 do mundo Novak Djokovic e do seu algoz Andy Murray no saibro brasileiro.
O Guia da Semana listou os favoritos. Confira:
ROGER FEDERER - SUÍÇA
O suíço vive grande fase no circuito. Muitos imaginavam que com o avanço da idade, Roger Federer não aguentaria a disputa no físico, mas os críticos se enganaram. Federer continua jogando o fino do tênis e sua técnica continua prevalecendo. Atual número 2 do mundo, o suíço fez de 2015 um ano brilhante aos 34 anos, batendo recorde atrás de recorde. Ele amargou a prata em 2012 e já garantiu que vem ao Brasil para conquistar o único título que falta na carreira dele: as Olimpíadas.
NOVAK DJOKOVIC - SÉRVIA
O sérvio é o atual número 1 do mundo, disparado no ranking da ATP, e é o grande favorito para conquistar o título. Djokovic viveu em 2015 uma das melhores fases de sua carreira no saibro, piso que será disputado o torneio no Brasil. Será que Nole consegue bancar o favoritismo?
ANDY MURRAY - ESCÓCIA (GRÃ-BRETANHA)
O escocês, que representa a Grã-Bretanha nas Olimpíadas, vem ao solo brasileiro para defender a sua medalha de ouro de 2012. Ele conquistou a medalha em casa, nos Jogos Olímpicos de Londres e no piso de grama, que é melhor para o seu jogo que o saibro. Mesmo assim Murray é um dos candidatos à medalha olímpica.
RAFAEL NADAL - ESPANHA
O espanhol é o maior vencedor da história de Roland Garros, o principal torneio de saibro do circuito, mas não faz um grande 2015. Nadal vive fase irregular devido a más condições físicas, que são fundamentais no seu jogo. Mesmo assim, fez a final de Roland Garros mais uma vez, perdendo para Novak Djokovic. Impossível não apontar o Touro como um dos possíveis favoritos.
Por Guilherme Schiff
Atualizado em 29 Jan 2016.