Agora que o frio começa a arrefecer no hemisfério norte, é hora de pensar em destinos quase proibitivos durante os Invernos gelados. A Escócia é muito orgulhosa de sua tradição, especialmente quando se fala nas guerras de independência contra os ingleses. A personalidade deste povo foi forjada pela dificuldade que o relevo e o clima oferecem. Encanta-me que até a flor nacional reflita este aspecto: a flor do cardo.
Edimburgo é a capital da Escócia e sede do Parlamento escocês, restabelecido recentemente em 1999, depois de séculos de união ao Parlamento da Inglaterra. É uma cidade pequena, com menos de 500 mil habitantes, e muito acolhedora, assim como o povo escocês. A cidade antiga é dominada pela Royal Mile, artéria principal que leva ao Castelo de Edimburgo e que dá ao local uma atmosfera totalmente medieval. A cidade é mundialmente famosa pelo Festival de Edimburgo, que acontece anualmente durante três semanas em agosto. Deste festival fazem parte teatro, música, dança e ópera, além do Tattoo Militar, um show típico que acontece no Castelo de Edimburgo. Mas, cuidado: se a intenção for andar por lá nesta época, é indispensável fazer reservas com muita antecedência. Neste ano, a festa vai de 13 de agosto a 5 de setembro. Para quem gostou, vale a pena dar uma olhada no site www.eif.co.uk.
A cidade respira literatura. O Monumento aos Escoceses, na parte nova da cidade, faz uma homenagem a Sir Walter Scott e seus personagens. Muitos escritores de renome nasceram ou viveram em Edimburgo, como James Boswell, Conan Doyle e J.K Rowling. Edimburgo foi declarada a primeira Cidade de Literatura pela Unesco.
O Hotel Balmoral é outro marco importante e, em todas as partes, podemos identificar o orgulho nacional no uso dos kilts, a saia que os homens usam, o traje típico local. Mas é o Castelo de Edimburgo que domina a paisagem e pode ser vislumbrado de qualquer parte da cidade. Construído sob uma colina no século 12, foi palco de muitos acontecimentos históricos, inclusive o nascimento de James 6º, filho de Mary Stuart, que foi o responsável pela unificação da Inglaterra com a Escócia sob o domínio dos Stuarts, depois que a rainha Elisabeth 1ª morreu sem herdeiros, no século 17.
A National Galleries of Scotland é motivo de orgulho nacional, com obras importantes de muitos pintores europeus de diversas escolas e com entrada franca. Um visita bem interessante e rápida. Um belo hotel na cidade é a Glass House, a poucos passos da Royal Mile, já na parte nova. Ele sintetiza a força da tradição com o arrojo contemporâneo, fantástico e acessível!
Saindo para o leste costeando o mar, um belo passeio é ir até North Berwick. Para os apaixonados por golfe, é um "playground" porque se viaja todo o tempo dentro de campos perfeitos com vista para o mar. Os escoceses se dizem os inventores do esporte e a cidade de St. Andrews, a sede do primeiro campo existente para o esporte.
Leia as colunas anteriores de Mylene Rizzo:
A Turquia e seus encantos
Parc de La Villette
Os encantos de Sevilha
Quem é a colunista: Mylene Friedrich Rizzo.
O que faz: Fala sobre história no curso "Encontros com Arte" e acompanha grupos de viagens culturais.
Pecado Gastronômico: doce de ovos.
Melhor lugar do mundo: é o próximo para onde vou viajar.
Fale com ela: mrizzo@terra.com.br ou acesse seu blog Viajando com Arte.
Atualizado em 6 Set 2011.