No céu não há smog ( smoke and fog, do inglês fumaça e neblina). O sol revela os mínimos detalhes da geologia das montanhas, da aspereza do agreste, do raro verde da vegetação e do intenso vermelho dos paredões de rocha. Não há multidões, tampouco tráfego pesado. Assim que deixamos o ótimo aeroporto de Phoenix em direção ao Grand Canyon, logo os arranha-céus e as montanhas nevadas da capital do Arizona ficaram para trás.
O interior está logo ali, a poucos quilômetros da cidade, e vai revelando o cenário agreste, a personalidade do deserto, os cactos saguaro, os paredões de rocha vermelha, as florestas de juníperos e pinheiros e a cultura e feições do povo Navajo.
Apaixonados por viagens, estradas, mapas e trilhas outdoor, eu e minha doce Emília começamos em Phoenix nosso roteiro rodoviário pelo oeste norte-americano: uma viagem de 1700 km em que encontramos sol brilhante, clima gostoso, montanhas incríveis, desertos, rodovias fantásticas, estradas cênicas, história, herança cultural e muitas possibilidades de atividades esportivas de montanha.
Para além da histórica Rota 66, o Arizona e o Utah são repletos de cenários, infraestrutura e ambientes perfeitos para viagens rodoviárias. São incontáveis os roteiros por estradas cênicas, entre elas a Oak Creek Canyon, Apache Historic Road, a Kayenta to Monument Valley Scenic Road, a encantadora Burr Trail, a Red Rock Scenic Byway e a Monument Valley Navajo Tribal Park.
De Phoenix até Sedona, mesmo a rodovia Interstate 17 já exibe paisagens naturais agrestes e belíssimas em tons verdes e vermelhos. Este trecho, chamado Old Black Canyon Trail, passa por pequenas cidades rurais emolduradas por belas paisagens naturais. Precisaríamos de três vezes mais disponibilidade de tempo para visitar todas.
Em maio a temperatura ambiente é perfeita, situando-se entre os 15 e 30 graus. Todavia, assim que saímos de Phoenix e nos aproximamos mais do Grand Canyon, a temperatura caia drasticamente. À noite, no Grand Canyon, chegamos a pegar mínimas de três graus negativos. Durante o dia, há cerca 14 horas de sol, que nasce às 5h30 e se põe às 19h30.
Leia as colunas anteriores de Arnaldo T. Affonso:
Grand Canyon
As faces do Rajastão
Agra
Quem é o colunista: Viajante, turista, fotógrafo e escritor amador de viagens.
O que faz: Empresário.
Pecado Gastronômico: Comer mais do que precisa e menos do que mereça.
Melhor lugar do mundo: O Rio de Janeiro (ou qualquer outro ao lado de minha mulher).
O que está ouvindo no carro, iPod, mp3: Pat Metheny Group.
Fale com ele: interatabr@yahoo.com.br ou visite seu blog Fatos e Fotos de Viagens.
Atualizado em 6 Set 2011.