A Avenida Paulista é mais do que o cartão-postal de São Paulo. Além de ser um importante centro financeiro, é um local onde é possível comer bem, ir ao cinema, ouvir boa música, visitar um museu e fazer compras. Em seus quase três quilômetros de extensão (e arredores), estão as sedes de alguns dos principais bancos do mundo, embaixadas, parques e muito da história paulistana.
Poeticamente, começa no bairro do Paraíso e termina na rua da Consolação. Nos arredores, estão ainda a rua Augusta - uma referência na cidade, pela nova ocupação de bares e baladas descoladas, e a Angélica, tradicional pelos consultórios médicos, como lembra Tom Zé na letra de uma música. Aproveite o dia na avenida que é a cara da metrópole e confira nosso guia de passeio.
Comece na nova estação da linha amarela do metrô, a Paulista que, na verdade, tem saídas para a rua da Consolação (a linha verde tem a parada Consolação, essa sim na Avenida Paulista). Caminhando em direção ao Paraíso, a segunda travessa é a Haddock Lobo, onde fica a tradicional padaria Bella Paulista.
Lá é possível tomar um café da manhã bem paulistano, com média e pão na chapa, "meu"! A casa também é ponto de encontro da galera que sai da balada de madrugada (horário em que uma das melhores opções da casa é o pedaço de pizza da Verona, com palmito e bacon). Mas se prepare para enfrentar filas a qualquer hora do dia por lá.
Uma média de 150 mil títulos enche os olhos dos amantes de literatura que frequentam o espaço. Cinéfilos também podem se divertir por ali. O prédio é casa do Cine Bombril e, em frente, está o Center 3 com mais opções de salas, praça de alimentação e, aos domingos, sede da feira Como Assim?!, de artesanato descolado.
Na quadra seguinte está o Parque Mário Covas, onde dá pra estacionar a bicicleta e ler um livro à sombra das árvores. Quem gosta de relaxar embaixo pode ainda conhecer a maior área verde da Paulista, o Parque Siqueira Campos, que é conhecido pelo primeiro nome que teve, Trianon, bem em frente ao Museu de Arte de São Paulo, o Masp. O acervo do Masp tem obras de Rafael, Bellini, El Greco Goya e Velázquez, esculturas de Degas, além de diversas exposições itinerantes.
Um pouco mais à frente, em direção ao Paraíso, fica o Reserva Cultural, com salas de cinema, um charmoso restaurante com cardápio francês e um café, com quitutes variados. Só não se vende pipoca na comedoria do cinema, ironicamente. Mas em frente às escadarias do prédio da Gazeta, um pipoqueiro bate ponto no horário do intervalo da aula dos alunos do colégio Objetivo e da Faculdade Cásper Libero.
Na esquina com a alameda Joaquim Eugênio de Lima estão bares e choperias frequentados por estudantes e pelo pessoal que trabalha na região. Os destaques são a Prainha Paulista, que serve chopp Brahma bem gelado, e o Asterix, que tem um dos maiores cardápios de cerveja da cidade.
Algumas quadras à frente, está o Itaú Cultural, com exposições interativas e inspiradas em novas tecnologias, e um espaço para shows de novos nomes da música brasileira. A casa onde viveu o poeta concretista Haroldo de Campos também virou um espaço cultural, chamado Casa das Rosas. Além de cursos, shows e saraus, lá é possível caminhar pelo jardim e tomar um café.
Por fim, chega-se ao Shopping Pátio Paulista, já pertinho da rua Paraíso. Um dos melhores pontos de compra da cidade e onde está uma unidade do Ponto Chic, lanchonete que faz o típico sanduíche Bauru, com mussarela fundida na água e picles. Este é o ponto final da nossa sugestão para você viver uns momentos bem à paulista.
Atualizado em 6 Set 2011.