Adriana Calcanhoto faz show de abertura da Flip
19h - Conferência de abertura - Davi Arrigucci Jr.
Capaz de aliar a leitura cerrada dos versos do poeta aos movimentos mais amplos do modernismo no país, Arrigucci Jr. é autor de ensaios incontornáveis sobre Manoel Bandeira, tais como Humildade, paixão e morte ou A beleza humilde e áspera. É o procedimento de leitura desses textos clássicos que serve de base para a conferência de abertura que o crítico e escritor faz em Paraty.
21h30 - Show de Adriana Calcanhoto com abertura de Romulo Fróes e banda
Quinta, 2 de julho
Richard Dawkins aborda a teoria de Darwin
10h - Mesa 1 - Novos traços- Rafael Coutinho, Fábio Moon, Gabriel Bá e Rafael Grampá
Quadrinhos é o tema desta mesa. Pioneiros como Larte e Angeli já passaram por esse debate. Nesta edição, esses jovens artistas venceram os prêmios mais prestigiosos da categoria, tanto no Brasil como no exterior.
Mediação: Joca Reiners Terron
11h45 - Mesa 2 - Separações - Rodrigo Lacerda e Domingos de Oliveira
Outra vida, livro mais recente do escritor carioca Rodrigo Lacerda, examina a fundo um relacionamento amoroso em crise. Nesta mesa em Paraty, Rodrigo conversa com um dos artistas que exploraram com mais interesse o assunto no Brasil: o dramaturgo e cineasta Domingos de Oliveira, diretor de Todas as mulheres do mundo e Separações, entre outros filmes.
Mediação: Paulo Roberto Pires
15h - Mesa 3 - Verdades inventadas - Tatiana Salem Levy, Arnaldo Bloch e Sérgio Rodrigues
Em Elza, a garota, de Sérgio Rodrigues, a história da jovem morta pelo partido comunista serve de guia para um experimento ficcional ousado e bem urdido. Em Os irmãos Karamabloch, Arnaldo Bloch vale-se da história de sua família, fundadora da Rede Manchete, para compor um livro em que convivem traços de biografia, romance e memorialismo. Os três elementos também se fazem presentes em A chave de casa, premiado livro de estreia da carioca Tatiana Salem Levy.
Mediação: Beatriz Resende
17h - Mesa 4 - China no divã - Ma Jian e Xinran
Ma Jian, em Pequim em coma, remexeu em uma ferida delicada da história recente da China: o massacre da Praça da Paz Celestial, que completa vinte anos em 2009. Já a jornalista Xinran foi buscar cicatrizes mais antigas: seu livro mais recente, Testemunhas da China, traz relatos de sobreviventes da revolução cultural liderada por Mao Tse-tung, que matou em torno de um milhão de pessoas entre 1966 e 1976.
Mediação: Angel Gurría-Quintana
19h - Mesa 5 - Deus, um delírio - Richard Dawkins em conversa com Silio Boccanera
Um dos principais evolucionistas em atividade no mundo, Dawkins vem ao Brasil no ano em que se comemora o segundo centenário de nascimento de Darwin e os 150 anos da publicação de A origem das espécies. O autor de O gene egoísta e Deus, um delírio está entre os intelectuais mais solicitados do mundo para participar de debates e conferências.
Sexta, 3 de julho
Milton Hatoum participa de mesa com Chico Buarque
10h - Mesa 6 - Evocação de um poeta - Heitor Ferraz, Eucanaã Ferraz e Angélica Freitas
Nesta mesa, três nomes de destaque da nova poesia brasileira discutem a atualidade e influência de Manoel Bandeira.
Mediação: Paulo Henriques Brito
11h45 - Mesa 7 - O avesso do realismo - Atiq Rahimi e Bernardo Carvalho
No trabalho de Bernardo Carvalho e de Atiq Rahimi invenção e experimentalismo falam mais alto do que as aspirações à prosa realista. Ambos não abrem mão da imaginação e do artifício como pilares da literatura - e levam ao limite a exploração das possibilidades abertas pela criação literária.
Mediação: Beatriz Resende
15h - Mesa 8 - Sentidos da transgressão - Edna O"Brien em conversa com Liz Calder
No início dos anos 1960, a irlandesa Edna O"Brien teve exemplares de seu livro Country girls queimados pela comunidade religiosa local, incapaz de aceitar que a vida sexual das personagens fosse descrita com tanta crueza. Desde então, compôs uma obra densa e multifacetada, marcada pelo confronto com o conservadorismo da Igreja Católica, pela luta em favor da autonomia feminina no meio artístico e pela análise da obra de um de seus mentores literários, James Joyce.
17h - Mesa 9 - O eu profundo e outros eus - Mario Bellatin e Cristovão Tezza
Professor de uma escola de escritores no México, Mario Bellatin admite tudo - menos que o candidato a ficcionista inspire-se na própria vida para criar sua história. Um dos mais premiados autores brasileiros dos últimos anos, Cristovão Tezza fez exatamente isso em O filho eterno, e ninguém ousará dizer que não foi bem-sucedido. Qual, enfim, o papel da experiência pessoal na literatura? Eis o mote para a discussão entre os dois autores.
Mediação: Joca Reiners Terron
19h - Mesa 10 - Sequências brasileiras - Chico Buarque e Milton Hatoum
Em Leite derramado, Chico Buarque criou um narrador que personifica a desfaçatez da classe dominante brasileira. Em suas reminiscências delirantes, ecoam lembranças de família e uma visão ácida sobre a formação do país. Na obra de Milton Hatoum, reminiscência e memória familiar são igualmente uma pedra angular - mas que enquadram o país sob as lentes da presença árabe na Amazônia.
Mediação: Samuel Titan Jr.
Sábado, 4 de julho
Sophie Calle exibe, em fotografias, a reação de 107 mulheres
10h - Mesa 11 - O dissonante século XX - Alex Ross em conversa com Arthur Dapieve
Crítico de música erudita da revista New Yorker, Alex Ross fala sobre O resto é ruído (2007), recém-lançado no Brasil. O livro foi um dos maiores acontecimentos da crítica musical dos últimos anos nos Estados Unidos. Com raro fôlego, tino literário e consciência histórica apurada, Ross mescla a análise formal das obras dos principais compositores eruditos do século XX aos momentos políticos decisivos do período.
11h45 - Mesa 12 - Entre quatro paredes - Sophie Calle e Grégoire Bouillier
Em Prenez soin de vous, exposição que representou a França na Bienal de Veneza de 2007, e que ocorre em São Paulo em julho, Sophie Calle exibe a reação de 107 mulheres à carta de rompimento recebida de um ex-namorado. O escritor francês Grégoire Bouillier, autor de L"invité mystére, é o ex-namorado em questão. Pela primeira vez eles aparecem em público para discutir o episódio e embaçar ainda mais as fronteiras entre vida privada e pública, entre vivência pessoal e ficção.
Mediação: Angel Gurría-Quintana
15h - Mesa 13 - Segredos de família - Anne Enright e Tobias Wolff
Não é por acaso que a irlandesa Anne Enright e o americano Tobias Wolff já dividiram mesas em festivais pelo mundo afora: são muitas as afinidades entre as obras deles. Além da maestria no formato da narrativa curta, ambos têm na família fraturada um universo temático recorrente, de que é exemplo o irmão suicida em O encontro, de Enright, ou o padrasto violento no autobiográfico O despertar de um homem, de Wolff.
Mediação: Liz Calder
17h - Mesa 14 - Fama e anonimato - Gay Talese em conversa com Mario Sergio Conti
Gay Talese é um dos inventores do jornalismo contemporâneo - e ao mesmo tempo a encarnação dos dilemas da profissão. O autor responde por alguns dos textos mais precisos e bem costurados já feitos por um repórter, caso de Frank Sinatra está resfriado, de 1966. Essa tensão entre o jornalismo de excelência que ele ajudou a criar e o jornalismo possível no século XXI é o centro de sua conversa com o jornalista brasileiro Mario Sergio Conti.
19h - Mesa 15 - Escrever é preciso - António Lobo Antunes em conversa com Humberto Werneck
O português António Lobo Antunes é autor de mais de vinte romances, que em conjunto o situam entre os maiores estilistas da língua. Apesar do idioma comum a Portugal e Brasil, o autor não vem ao país desde 1983 e já declarou que não incluía o Brasil entre suas prioridades - preferia deixá-lo para o antípoda José Saramago.
Domingo, 5 de julho
Zuenir Ventura fala sobre Manoel Bandeira
11h30 - Mesa 16 - As sem-razões do amor - Catherine Millet em conversa com Maria Rita Kehl
Em 2001, a crítica de arte francesa Catherine Millet fez de sua vida sexual movimentada o tema de um livro - e sacudiu as hostes conservadoras na Europa e nos Estados Unidos. Em 2008, publicou um livro que é o reverso do primeiro: um relato de como foi dominada pelo ciúme ao saber das aventuras sexuais do marido. Nessa mesa em Paraty, ela discute sua trajetória literária incomum com a psicanalista Maria Rita Kehl.
14h30 - Mesa 17 - O futuro da América - Simon Schama em conversa com Lilia Moritz Schwarcz
O futuro da América, livro mais recente do historiador inglês Simon Schama, revê a história dos Estados Unidos a partir dos temas da guerra, da religião, da imigração e da fartura. Os protagonistas são personagens comuns que atravessam momentos-chave da história do país - atores da "história narrativa" de que Schama é um dos mais notórios praticantes no mundo.
16h15 - Mesa 18 - Antologia pessoal - Edson Nery da Fonseca e Zuenir Ventura
A memória afetiva é o mote desta mesa que encerra a homenagem a Manuel Bandeira. Amigo e correspondente do poeta, o professor Edson Nery da Fonseca relembra os anos de convivência no Rio e em Pernambuco. Ex-aluno de Bandeira, Zuenir remonta aos tempos de aprendizado com o mestre.
Mediação: Humberto Werneck
18h - Mesa 19 - Livro de cabeceira - Autores da Flip leem trechos de seus livros prediletos
Preços
Conferência de Abertura: R$ 30,00
Show de Abertura: R$ 30,00
Mesas Literárias: R$ 30,00
Transmissão das Mesas Literárias na Tenda do Telão: R$ 10,00
Eventos da Flip Casa da Cultura (ingressos vendidos apenas em Paraty): R$ 10,00
* Há limite de ingressos para cada mesa: dois por pessoa (de acordo com o CPF do comprador)
Fotos: divulgação
Atualizado em 6 Set 2011.