É tradição. O último dia dos Jogos Olímpicos marca o fim de muitas competições, mas é a Maratona que atrai todas as atenções. A prova de 42 km é considerada por muitos como a mais charmosa e clássica das Olimpíadas e gera uma grande expectativa antes, durante e na cerimônia de encerramento.
Mas você sabe o por quê? Não existe um registro ao certo de quando a Maratona começou, mas a história é contada de maneira bem curiosa. O Guia da Semana mostra mais para você:
LENDA
Reza a lenda que a Maratona começou com um sacrifício. Em 490 a.C, durante a Primeira Guerra Médica, os persas prometeram que venceriam os atenienses e marchariam para Atenas para violar e matar as mulheres e os filhos dos soldados.
Receosos com essa promessa, os gregos ordenaram as esposas para matarem os filhos e se suicidarem em seguida se não recebessem notícia da vitória de Atenas em 24h.
Os atenienses venceram a guerra e o soldado Pheidippides (Fidípedes teve a incumbência de correr os 40 quilômetros do Vale de Maratona para impedir a desgraça). Ele conseguiu chegar ao local e gritar "vencemos", caindo morto logo em seguida.
A veracidade da história ninguém pode afirmar. O fato é que 2400 anos depois, na abertura da primeira Olimpíada moderna, em 1896, Pheidippides foi homenageado com a criação da prova da Maratona.
ERA MODERNA
Os organizadores e criadores das Olimpíadas procuravam um evento de grande porte para relembrar antigas glórias da Grécia. A ideia da Maratona veio de Michel Bréal, um grande amigo do criador dos Jogos, Pierre de Coubertin.
No início das Olimpíadas, o trecho da Maratona tentava se aproximar da distância entre o Vale e Atenas, cerca de 40 quilômetros. Apenas nos Jogos de Paris, em 1924, ficou fixado em 42.195 km.
MELHOR BRASILEIRO
O único brasileiro que conseguiu uma medalha olímpica na Maratona foi o paranaense Vanderlei Cordeiro de Lima, que conquistou a medalha de bronze nos jogos de Atenas em 2004.
O curioso é que Vanderlei tinha grandes chances de ganhar a prova, mas um padre irlandês invadiu a pista e agarrou o brasileiro. Além de tirar tempo, desconcentrou o maratonista. A imagem é uma das mais emblemáticas de todas as Olimpíadas.
Vanderlei continuou a prova e ficou com a terceira colocação, fazendo grande festa em uma bela atitude de espírito esportivo. A torcida que estava no estádio Panathinaiko o aplaudiu de pé. Poucos meses depois ele foi agraciado com a raríssima medalha de Coubertin, a mais honrosa do esporte.
Por Guilherme Schiff
Atualizado em 31 Mar 2016.