Saint Martin, no Caribe, é hoje um dos principais destinos para casais em lua-de-mel ou que estejam procurando um pequeno paraíso tropical para curtir seus momentos românticos.
São praias de areia branca e um mar verde-esmeralda de cair o queixo. A infraestrutura turística é boa, a culinária é excelente e seus coquetéis criativos são o ponto alto da viagem. Na ilha pode-se, além de curtir suas praias, andar de jet ski, velejar ou mergulhar e praticar esportes náuticos.
Os coordenadores do Guia do Turista Brasileiro (GTB) acabam de voltar de Saint Martin e tem muitas dicas para quem está pretendendo conhecer esse lugar especial do Caribe.
Durante o período colonial, Saint Martin foi disputada por espanhóis, ingleses, franceses e holandeses. A ilha caribenha produzia sal e tabaco. Hoje, a pequena ilha vive exclusivamente do turismo: lá tudo é importado, até a água mineral. Os únicos produtos locais são frutas, peixes e frutos do mar.
Saint Martin é uma ilha bem curiosa: sua parte norte pertence à França e sua parte sul (e lá é chamada de Sint Maarten), à Holanda. O inglês é falado em toda a ilha, enquanto o francês é utilizado principalmente no território francês. O dialeto utilizado pelos nativos da ilha, quase todos eles descendentes de africanos escravizados no período colonial, é uma mistura de inglês com creole caribenho, espanhol e francês. Mesmo que você fale correntemente francês e inglês, não conseguirá entender nada quando eles conversam entre si.
Marigot é o principal centro urbano do lado francês, onde ficam restaurantes e lojas. Philipsburg é o centro holandês, repleto de restaurantes, hotéis e lojinhas que vendem principalmente bebidas alcoólicas, perfumes, joias, charutos e aparelhos eletrônicos. Tudo sem taxas. Só não exagere para não ter problemas com a alfândega brasileira.
Dicas importantes:
Documentação
Não é necessário visto de turismo para brasileiros. Basta o passaporte válido por no mínimo seis meses. Para alugar carro, você deve levar sua carta de habilitação brasileira, que também é válida, e um cartão de crédito.
A melhor época
Se puder escolher, visite Saint Martin na baixa estação, na Primavera ou no Outono. Evite julho e agosto.
Como ir
Se você não contratar um pacote em um voo fretado direto oferecido por uma operadora, deverá ir para Saint Martin via Miami (nesse caso, o visto norte-americano será necessário) ou via Panamá (trajeto mais curto, operado pela companhia panamenha Copa). Nem sempre os horários são cômodos; existem voos que partem de Guarulhos às 5h30 da manhã, por exemplo. É uma viagem cansativa. Na ilha de Saint Martin, o aeroporto fica do lado holandês.
Como se locomover
Há transporte público e táxis que servem toda a ilha, mas bom mesmo é alugar um automóvel, o que acaba saindo mais barato. Muita atenção com as lombadas, que estão por toda parte. Não dá para correr. Um problema sério nas áreas urbanas da ilha é achar um lugar onde estacionar. Em Philipsburg, do lado holandês, é somente na terceira rua paralela ao mar que você pode parar. Em Marigot, do lado francês, evite estacionar à noite em lugares mal iluminados. A ilha é mal sinalizada: tenha um bom mapa sempre à mão. Você os consegue de graça nas locadoras ou nos hotéis.
Dicas de segurança
Assaltos a mão armada são raros, mas é bom ficar esperto em qualquer lugar deserto nas áreas urbanas. Ao estacionar, não deixe nada visível dentro do veículo. São comuns arrombamentos de vidros de automóveis para roubar bolsas e outros objetos. Mas, ainda assim, Saint Martin é um lugar mais seguro do que qualquer grande cidade brasileira.
Clima
O calor é sempre intenso. É indispensável levar roupas leves, chapéu e protetor solar de fator alto. Pense, porém, em levar um pulôver ou moletom para usar no avião. O ar-condicionado pode ser gelado. É bom ter muito cuidado com os choques de temperatura.
Hospedagem
Há hotéis de todos os preços em Saint Martin, bem como resorts muito confortáveis. Os mais luxuosos do lado francês são o La Samanna e o Radisson, enquanto do lado holandês os dois estabelecimentos da rede Sonesta são bastante procurados.
Onde comer
Na Marina Royale, em Marigot, existe cerca de meia dúzia de bons restaurantes com preços honestos. O recém-inaugurado restaurante francês Le Moulin Fou, na Marina de Porto Cupecoy, perto do aeroporto, é uma ótima pedida. Para quem quer curtir um clima mais informal, o Sunset Bar, em Maho Bay, é uma boa escolha. Fica em uma prainha bem ao lado do aeroporto, onde você come e bebe vendo os aviões aterrissarem em um cenário que não existe em outro lugar. Em Philipsburg, a melhor opção é o descolado Ocean Lounge, à beira-mar, no hotel Holland House.
Leia as colunas anteriores de Lúcio Martins Rodrigues:
San Gimignano
Quando você vai viajar?
Turismo econômico
Quem é o colunista: Lúcio Martins Rodrigues.
O que faz: Editor dos guias de viagem GTB, autor de A Vaca na Estrada.
Pecado Gastronômico: Centollas à Provençal.
Melhor lugar do mundo: Paris.
Fale com ele: acesse o site Manual do Turista.
Atualizado em 6 Set 2011.