Um mal que acomete diversas pessoas, mas era um grande tabu no passado, a intolerância ao glúten é, na verdade, uma patologia conhecida como doença celíaca. Ela é autoimune e os alimentos que contêm a substância geralmente causam fortes sintomas, como a destruição do tecido interno do intestino delgado, por exemplo. Entretanto, ela se apresenta em vários níveis, com pessoas que possuem apenas graus de intolerância, gerando sintomas menores. Veja aqui como identificá-los:
Sintomas imediatos
Geralmente, os primeiros sintomas sentidos são um grande inchaço e desconforto depois das refeições. Muitas pessoas convivem anos com a doença sem nem mesmo saber de seu diagnóstico. Isso porque as sensibilidades em geral provocam leves alterações que não são percebidas ou ligadas com o consumo de alimentos com glúten. A princípio, uma grande fadiga pode ser sentida após o almoço, por exemplo, já que o corpo acaba trabalhando redobradamente para conseguir digerir e minimizar os efeitos do glúten no organismo. Além disso, irritabilidade, dores de cabeça, dores nas articulações, formigamentos e dormências nos braços e até mesmo aquelas bolinhas na parte de trás do braço fazem parte dos sintomas da intolerância ao glúten.
Anemia
A saúde digestiva dos alérgicos fica afetada com o consumo de certos alimentos. Principalmente a longo prazo, quando é possível constatar até mesmo uma dificuldade na absorção de ferro, que acaba em um estado anêmico. Se não identificada, a doença ocasiona também perda ou um ganho inexplicável de peso. Outros fatores mais sutis, como mudanças de humor, também podem ser verificados, principalmente se o paciente prestar a devida atenção.
Para as mulheres
A saúde da mulher é especialmente afetada, com cólicas menstruais mais fortes, TPM e até mesmo o surgimento de ovários policísticos. Por isso, muita atenção deve ser tomada, tendo em vista os riscos verificados principalmente na gravidez. A intolerância afeta também o sistema reprodutor, gerando dificuldade até mesmo para engravidar. Logo, é importante que elas se mantenham sempre atentas para evitar qualquer entrave ou problema.
Uma vida sem glúten
É possível viver muito bem sem a ingestão de glúten na dieta, isso porque existem alternativas gostosas, baratas e muito saudáveis para substituir a farinha branca. A principal dúvida fica por conta do pão, que é um dos principais alimentos da dieta dos brasileiros e que possui o elemento em sua composição.
Para tentar auxiliar nesse momento, segue uma receita de pão sem glúten feito no liquidificador:
25g de fermento biológico para pão
1 colher de sopa de açúcar
2 copos americanos de leite ou água (levemente aquecidos)
10 colheres de sopa de farinha de arroz
3 colheres de sopa de polvilho doce
3 colheres de sopa de amido de milho
3 colheres de sopa de fécula de batata
3 ovos
2 colheres de óleo
1 colher de sal
Óleo e farinha de arroz para untar e enfarinhar
Modo de preparo: bata o fermento, o açúcar e o leite no liquidificador. Vá acrescentando a farinha, o polvilho, o amido e a fécula aos poucos, junto com o sal, o óleo e o ovo e bata até ficar homogêneo. Desligue e deixe a massa crescer até atingir a tampa do recipiente (15 a 20 minutos). Unte as formas para pão com óleo e farinha de arroz. Coloque a massa na forma e insira em um forno preaquecido a 180ºC. Asse por cerca de 30 minutos.
Para guardá-lo, como não há conservantes, o mais indicado é mantê-lo no refrigerador e esquentar na hora de consumir.
Atualizado em 19 Jan 2016.