Conhecida como BB, suas iniciais, Brigitte Anne-Marie Bardot foi considerada símbolo sexual dos anos 50 e 60. Ícone de popularidade, esteve entre os 100 nomes mais influentes do mundo da moda e ganhou fama ao atuar no polêmico filme "E Deus Criou a Mulher", produzido por Roger Vadim, seu marido na época.
Considerada à frente de seu tempo, Brigitte não ganhou grandes prêmios no cinema e, já longe das câmeras e do entretenimento, tornou-se ativista dos direitos animais. Durante o mês de setembro, será homanageada na mostra Brigitte Bardot Dans L'Intimité, no Shopping D&D e, pensando em sua trajetória instigante, o Guia da Semana lista nove curiosidades a seu respeito. Confira:
INFLUÊNCIA DA MÃE
A mãe de Brigitte, Anne-Marie, teve forte influência em sua vida. Através dela, conheceu a arte, a música e a dança e, assim, entrou em um conservatório de Ballet, onde estudou por alguns anos. Algum tempo depois, ainda sob os olhares e incentivos maternos, iniciou seus trabalhos no mundo da moda e um ano depois já era capa da Elle francesa. Também apostou na carreira de cantora e lançou diversos discos.
CARREIRA NO CINEMA
Ao ser capa de revista, chamou atenção de Roger Vadim, que a apresentou a cineastas e roteiristas. Depois de alguns testes e algumas tentativas, estreou no cinema aos 17 anos de idade. Desde o início, Brigitte era sempre o centro das atenções nos festivais, como Cannes.
FAMA E RECONHECIMENTO
Com o começo da Nouvelle Vague francesa, Roger Vadim acreditou que Bardot se daria bem nessa nova linha de arte e a escalou para o papel principal de seu novo filme, chamado "E Deus Criou a Mulher".
A história contava a vida de uma adolescente amoral de uma cidadezinha do litoral e, assim como Vadim previa, fez um imenso sucesso, causando também um escândalo mundial. O longa rodou o mundo e fez com que BB se tornasse um fenômeno.
Proibido em alguns países, foi condenado pela Liga da Descência Católica e a cena em que dança descalça em cima da mesa é considerada uma das mais eróticas da história do cinema.
PODER
Durante a década de 1960, a Europa - em especial Londres e Paris - passou a ser o novo centro da moda e comportamento e, assim, Bardot passou a ser considerada Deusa Sexual da época. Também se dizia que ela era mais importante para a balança comercial francesa do que as exportações automobilísticas do país.
VIDA AMOROSA E DEVORADORA DE HOMENS
Conhecida pela mídia como devoradora de homens por começar e terminar diversos relacionamentos de forma rápida e também pela quantidade deles, casou-se três vezes durante sua carreira cinematográfica.
O primeiro, contra a vontade dos pais, foi com Roger Vadim, de quem se divorciou após tê-lo traído com um parceiro de cena. Em seguida, casou-se com o ator Jacques Charrier com quem teve seu único filho, Nicolas-Jacques Charrier (BB disse ter sido obrigada a casar por ter ficado grávida e não ter conseguido fazer um aborto, pois já tinha feito outros dois em seu antigo casamento). O terceiro casamento foi com o multimilionário Gunter Sachs e aconteceu quatro semanas após terem se conhecido.
Atualmente é casada com Bernard D'Ormale Jean-Marie Le Pen, ex presidente da Frente Nacional Francesa, partido de extrema direita.
MUDANÇA NA CARREIRA
Com o passar dos anos, houveram fortes mudanças no rumo de sua carreira, passando a atuar em filmes mais substanciais - o que lhe rendeu uma grande pressão, tendo em vista que, ao mesmo tempo em que tinha aclamação da crítica na França, continuava sendo a mulher sexual para o resto do mundo.
Já consagrada como um ícone fashion, a 20th Century Fox lançou o filme "Minha Querida Brigitte" em sua homenagem, onde ela aparece em algumas cenas atuando como ela mesma.
ATIVISMO
Pouco antes de completar 40 anos, anunciou o fim de sua carreira e decidiu usar sua fama pessoal para defender os direitos dos animas. Atraiu a atenção mundial para denunciar o massacre aos bebes-focas no Canadá; criou a Foundation Brigitte-Bardot, declarada de utilidade pública e com Dalai Lama como membro honorário; apresentou uma série chamada S.O.S. Animaux; liderou campanhas contra caça de baleias, contra o uso de casacos de pele e experiências de laboratório com animais.
POLÍTICA E PROCESSOS
Apesar de ativista, BB foi pesadamente criticada devido suas posições em relação à imigração árabe e também à homossexualidade, o que lhe causou muitos processos que lhe custaram muito da popularidade que havia conquistado. Atualmente, ganhou a antipatia das novas gerações francesas.
INFLUÊNCIAS NA CULTURA
- Brigitte popularizou o uso do biquíni, após aparecer com um em um filme e também em revistas.
- Era idolatrada por John Lennon e Paul McCartney. Juntos, fizeram planos para um filme dos Beatles, que nunca existiu.
- Bob Dylan dedicou a ela a primeira música que compôs na vida
- Por ter feito ballet durante anos, pediu a uma marca que desenvolvesse algumas sapatilhas para que ela pudesse usar no dia a dia (mas acabou usando até no tapete vermelho, em Cannes).
Por Nathália Tourais
Atualizado em 9 Set 2015.