Beatriz Mendes Gonçalves Pimenta Camargo, de 81 anos, é o novo grande nome do Museu de Arte de São Paulo (Masp). A colecionadora de arte brasileira foi eleita, no dia 28 de fevereiro, a presidente da entidade, que tem o acervo artístico mais importante da América do Sul.
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No entanto, a novidade não é apenas o novo cargo de Beatriz – já que desde o final dos anos 90 ela já fazia parte da diretoria da entidade. O grande destaque é que, pela primeira vez, o Museu de Arte de São Paulo é presidido por uma mulher. “Eu diria que a sensação ao assumir a direção do Masp é muito prazerosa, pois sempre estive ligada às artes”, afirma a nova presidente.
Beatriz, que também integra instituições como a Fundação Maria Luisa e Oscar Americano (SP), MoMA (NY), Museu do Oratório (MG) e Fundação Bienal (SP), substitui João Vicente Azevedo, que cumpriu dois mandatos (quatro anos, ao todo) à frente do Masp – antes dele, o arquiteto Julio Neves presidiu o museu por quase 15 anos.
O Guia da Semana conversou com Beatriz Pimenta Camargo, a nova presidente do Masp, sobre as mudanças que o cargo proporcionou – e vai proporcionar – na sua vida. Confira:
Créditos: Omar Matsumoto
Qual é a sensação de ser a primeira mulher a assumir a direção do Masp?
Quando era jovem, frequentei os cursos de arte quando o Masp ainda tinha suas instalações na rua 7 de abril no prédio dos Diários Associados. Além disso, conheci e convivi com o Professor Bardi e Dona Lina e vi meu marido sendo o diretor do Masp por várias gestões. Portanto, minha eleição para Presidente deste importante museu me dá muito orgulho. E o fato de ser mulher é mais um incentivo para poder executar com maestria esta tarefa que me foi confiada.
Como se deu a sua escolha para o cargo?
Eu fui eleita na Assembleia de Sócios. Neste dia, mais de dois terços dos associados estavam presentes.
Seu mandato prossegue até 2015. O que pretende realizar nesse tempo?
Durante meu mandato, pretendo continuar os projetos em andamento, promover campanhas para a aquisição de novas obras com foco na arte contemporânea - priorizando os artistas brasileiros -, e, sobretudo, trabalhar no sentido de terminar as obras do prédio anexo para que ele seja inaugurado no próximo ano.
Você também faz parte do conselho internacional do MoMA, de Nova York. Qual é a sensação de fazer parte desse time e quais são as suas atividades?
O Conselho Internacional do Moma se reúne duas vezes por ano com reuniões durante uma semana em média, que acontecem nos Estados Unidos e nos países lá representados.
Créditos: Divulgação
Sua paixão por arte é antiga. Quando exatamente você começou a gostar desse universo? Desde quando você começou a montar o seu acervo pessoal?
Como já disse acima, sempre me interessei por arte e desde cedo começamos, meu marido e eu, a adquirir peças que contassem um pouco da nossa história e do nosso passado.
Quais são os seus artistas preferidos?
Não poderia ser tão categórica ao escolher um artista como preferido. Há tantas escolas na arte, é tão grande e diversificada a gama de artistas e suas épocas que não posso listar apenas alguns.
Existe alguma exposição que você realmente gostaria de trazer para o Masp?
Ha muitas e variadas exposições que seriam importantes para trazer para o Masp, mas nem sempre é possível trazer tudo o que gostaríamos.
Para finalizar, quais outros lugares de São Paulo você acredita que oferecem um bom acervo artístico para o púbico?
Temos grandes museus em São Paulo. É difícil nomear todos, mas não podemos deixar de mencionar a Pinacoteca, o MAM e o MAC.
Por Anna Thereza de Almeida
Atualizado em 11 Mar 2013.