Guia da Semana

O Prêmio São Paulo de Literatura, promovido pelo Governo do Estado de São Paulo, divulga os 20 finalistas de sua nona edição. São 10 obras concorrendo ao prêmio de R$ 200 mil, na categoria "Melhor Livro de Romance do Ano"; três disputarão R$ 100 mil, na categoria "Melhor Livro de Romance do Ano – Autor Estreante com mais de 40 anos"; e sete estão concorrendo a R$ 100 mil, na categoria "Melhor Livro de Romance do Ano – Autor Estreante com menos de 40 anos". Todos os livros foram publicados pela primeira vez em 2015, com primeira edição em língua portuguesa.

Estão na disputa autores residentes em 10 estados brasileiros e um de Moçambique: São Paulo (10), Rio Grande do Sul (1), Minas Gerais (2), Santa Catarina (1), Maranhão (1), Pernambuco (1), Ceará (1), Brasília (1) e Rio de Janeiro (1). Mia Couto concorre com “Mulheres de Cinzas – As Areias do Imperador” (Cia. das Letras).

Com valor total de R$ 400 mil em gratificação, o Prêmio São Paulo de Literatura é o maior do país em valor individual e tem como principais objetivos incentivar a produção literária de qualidade, apoiar e valorizar novos autores e editoras independentes, além de incentivar a leitura, por meio da promoção de bate-papos dos finalistas com o público.

Confira abaixo as obras finalistas:

MELHOR LIVRO DE ROMANCE DO ANO 2015

Beatriz Bracher – Anatomia do Paraíso (Editora 34)

"Anatomia do Paraíso" traz a história de um jovem estudante de classe média que escreve uma dissertação de mestrado sobre o Paraíso perdido (1667), poema épico de John Milton que narra a queda do homem e a expulsão de Adão e Eva do Paraíso. A história se desenvolve simultaneamente em vários planos: o dia a dia do estudante, Félix; suas reflexões sobre a obra de Milton; a dura vida de Vanda, vizinha de Félix, que se divide entre trabalho, estudo e os cuidados com a irmã mais nova; e o delicado processo de amadurecimento desta última, a adolescente Maria Joana. Narrativa densa, por vezes vertiginosa, e de alta carga dramática, na medida em que as trajetórias dos personagens vão se cruzando e os temas do Paraíso perdido - sexo, violência, pecado, culpa, traição, morte e redenção - ganham vida nas experiências de cada um.

João Almino – Enigmas da Primavera (Editora Record)

Com maestria, João Almino reúne os protestos dos indignados espanhóis com as manifestações brasileiras de junho de 2013 Enigmas da primavera atualiza a mais divulgada história de amor da literatura árabe, originalmente registrada em versos pelo poeta persa Nizami, no século XII. Na história de João Almino, o jovem Majnum apaixona-se por Laila, uma mulher quinze anos mais velha e casada. E sem poder viver esse amor, Majnun busca, confuso e insaciável, respostas para suas fraquezas e delírios. Passa os dias escrevendo uma novela e um ensaio sobre a tolerância no Islã. E absorto em suas leituras, mistura ficção e realidade na sua relação com a Espanha medieval. Por onde anda em Brasília se depara com sua fixação por Laila e suas dúvidas existenciais, quase levando-o a loucura. Suspeito do assassinato do marido de Laila, ele vê na ida para a Espanha, durante a Jornada Mundial da Juventude de 2011, a oportunidade de fuga. Lá, conhece mais sobre religião, fé e política.


Julián Fúks – A Resistência (Cia. das Letras - Schwarcz)

Meu irmão é adotado, mas não posso e não quero dizer que meu irmão é adotado. , escreve, logo na primeira linha, Sebastián, narrador deste romance. Como em diversas obras que tematizam a Guerra Suja o regime de terror inaugurado em 1976 na Argentina , A resistência envereda pela memória pessoal e nacional. Sebastién é o filho mais novo, e seu irmão adotado, o primogênito de um casal de psicanalistas argentinos que logo buscarão exílio no Brasil. Os pais conhecem bem as teorias sobre filhos adotados e biológicos (Winnicott, em especial), mas a vida é diferente da bibliografia especializada. Cabe então ao narrador o exame desse passado violento e a reescritura do enredo familiar. O resultado, uma prosa a um só tempo lírica e ensaística, lembra belos filmes platinos como O segredo dos seus olhos.


Marcelo Rubens Paiva – Ainda Estou Aqui (Editora Alfaguara - Schwarcz)

Eunice Paiva é uma mulher de muitas vidas. Casada com o deputado Rubens Paiva, esteve ao seu lado quando foi cassado e exilado, em 1964. Mãe de cinco filhos, passou a criá-los sozinha quando, em 1971, o marido foi preso por agentes da ditadura, a seguir torturado e morto. Em meio à dor, ela se reinventou. Voltou a estudar, tornou-se advogada, defensora dos direitos indígenas. Nunca chorou na frente das câmeras. Ao falar de Eunice, e de sua última luta, desta vez contra o Alzheimer, Marcelo Rubens Paiva fala também da memória, da infância e do filho. E mergulha num momento negro da história recente brasileira para contar - e tentar entender - o que de fato ocorreu com Rubens Paiva, seu pai, naquele janeiro de 1971.

Mia Couto – Mulheres de Cinzas – As Areias do Imperador (Cia. das Letras - Schwarcz)

Primeiro livro da trilogia As areias do Imperador, Mulheres de cinzas é um romance histórico sobre a época em que o sul de Moçambique era governado por Ngungunyane, o último grande líder do Estado de Gaza. Em fins do século XIX, o sargento português Germano de Melo foi enviado ao vilarejo de Nkokolani para participar da batalha contra o imperador que ameaçava o domínio colonial. Lá, ele encontra Imani, uma garota local de quinze anos que lhe servirá de intérprete. Enquanto um dos irmãos da menina lutava pela coroa de Portugal, o outro se uniu aos guerreiros tribais. Aos poucos, Germano e Imani se envolvem, apesar de todas as diferenças entre seus mundos. Porém, num país assombrado pela guerra dos homens, a única saída para uma mulher é passar desapercebida, como se fosse feita de sombras ou de cinzas.


Nei Lopes – Rio Negro, 50 (Editora Record)

Mestre das letras e da cultura afro-brasileira, Nei Lopes empunha a pena da ficção para retratar o mítico Rio de Janeiro dos anos 1950. Mas não o Rio em que surgia a bossa nova, e sim aquele em que intelectuais, sambistas, jogadores de futebol, músicos, políticos, malandros, vedetes, padres e pais-de-santo, majoritariamente negros, espalhados em bares como o Nice, o Café Capital, o Abará e, principalmente, o Rio Negro, passavam noites inteiras discutindo questões políticas, sociais e culturais. As histórias – pois são muitas as vidas que se cruzam neste romance – começam no dia 17 de julho de 1950, quando a derrota do escrete brasileiro na Copa do Mundo motiva um assassinato absurdo, de fortes conotações racistas. O crime é discutido na roda do Café e Bar Rio Negro – criação ficcional que sintetiza esse efervescente meio cultural –, epicentro da vida intelectual dos “homens de cor” na Capital da República, e onde somos apresentados a fascinantes personagens, como o jovem jornalista e sociólogo Paulo Cordeiro, pesquisador das tradições afro-brasileiras, João, um vendedor de amendoim conhecido pelos intelectuais do Rio Negro como “Maní”, e Esdras do Nascimento, dramaturgo, ator e militante pelos direitos dos afro-brasileiros. A partir desse microcosmo da então capital da República, em que personagens da história brasileira, como Dolores Duran e Abdias Nascimento, se cruzam nas deliciosas criações ficcionais de Nei Lopes, percorremos uma década decisiva da cidade do Rio de Janeiro e da afirmação da cultura afro-brasileira.

Noemi Jaffe – Írisz: As Orquídeas (Cia. das Letras - Schwarcz)

Com a entrada da União Soviética na Hungria, em 1956, Írisz foge de Budapeste, deixando para trás a mãe doente e um passado cheio de lacunas. Quando chega a São Paulo para estudar as orquídeas, essa mulher singular e indecifrável logo encanta Martim, diretor do Jardim Botânico. Agora que Írisz desapareceu, ele terá de preencher seu vazio com os relatórios nada ortodoxos deixados por ela, que transitam entre as particularidades da língua húngara, a crise da utopia comunista, memórias pessoais e algumas observações - bastante inusitadas - sobre as orquídeas. Com o trabalho meticuloso da palavra que lhe é característico, Noemi Jaffe oferece uma trama rica e envolvente, que investiga os limites da ideologia e as agruras do amor.


Paula Fábrio – Um Dia Toparei Comigo (Editora Foz)

Vencedora do Prêmio São Paulo de Literatura, em 2013, Paula Fábrio lança seu segundo romance, "Um dia toparei comigo", uma frase emprestada do poeta Mário de Andrade. O ponto de partida é a partida do Brasil. Sem trabalho fixo e fugindo do luto pela morte recente do pai, a protagonista resolve sair do país e viajar com a namorada pela Europa. Neste road livro por Barcelona, Madri e Paris, refletimos sobre o amor entre iguais e desiguais, e a reparação que o tempo nos oferece, para seguir adiante.


Raimundo Carrero – O Senhor Agora Vai Mudar de Corpo (Editora Record)

Na madrugada de 18 para 19 de outubro de 2010, o escritor Raimundo Carrero - sofreu um AVC, que o deixaria com o lado esquerdo comprometido. Ao retornar da UTI do hospital onde permaneceu durante 15 dias, sentou-se no computador para tentar transformar em literatura aquela experiência dolorosa. Quatro anos e diversos rascunhos apagados depois, por fim Carrero encontrou a forma literária que procurava. 'O senhor agora vai mudar de corpo' é um breve e pungente romance, em que o escritor revisita momentos decisivos de sua vida passada a partir do terrível momento em que temeu perder definitivamente controle de seu corpo.


Santana Filho – A Casa das Marionetes (Editora Reformatório)

'Neste belo romance, o leitor entra na casa pela vigília de uma moribunda que se recusa a morrer, numa das lembranças de um narrador criado e hipnotizado por uma respeitada família matriarcal. Depois, nunca mais se escapa dela, ficamos ali pelos cômodos, na calmaria e calor de palavras e frases que aconchegam a leitura. Nos quartos contíguos da casa da avó, o leitor ouve a chuva, tomando caldo de mocotó, adentrando a casa que guarda uma caixa de marionetes, a casa mesma tem seus personagens acionados por cordéis, fatos e distorções de um narrador que não tem pressa de contar e lembrar a invenção que é a família, a consanguinidade envenenando e fechando o círculo bem apertado. Neste grande romance, ninguém recebe a graça da fé antes de nascer ou morrer, possui a graça quem fabula. O narrador recorda sua infância onde tia Dália é a sacerdotisa que dissolve na língua recortes de jornal, numa metáfora deste texto poético, as palavras são de colheita fácil, dadas pelo autor com generosidade e beleza. Santana Filho faz do leitor o mesmo devoto clandestino de uma casa que, depois de habitada, será nossa prisão.' (Andrea del Fuego)

MELHOR LIVRO DO ANO DE ROMANCE – AUTOR ESTREANTE + 40 ANOS


Eda Nagayama – Desgarrados (Editora Cosac Naify)

Uma mulher evangélica perde a fé e, ovelha desgarrada, sai em busca de respostas para sua vida. Com uma linguagem poderosa e original, feita de fragmentos de frases, Nagayama confere tensão incomum à narrativa, expondo as emoções mais íntimas com inusitada intensidade .

Marcelo Maluf – A Imensidão Íntima dos Carneiros (Editora Reformatório)

Das distâncias entre as montanhas de Zahle e Santa Bárbara D'Oeste, entre 1920 e 2013, entre o império otomano e a ditadura brasileira, entre um avô e um neto e, da aproximação do fantástico com o autobiográfico, irrompe a narrativa deste romance evocativo, lírico e sensível sobre o medo e suas consequências. Assaad Simão Maluf veio do Líbano para o Brasil ainda menino, depois de viver uma tragédia na família, no ano de 1920. Marcelo, seu neto, não o conheceu. Quando nasceu, em janeiro de 1974, Assaad Simão já havia falecido. Apenas sabia de seu avô pelas histórias que contavam os seus pais e tios. Mas, na busca por compreender sua própria identidade e a dos seus antepassados, Marcelo se vê no ano de 1966, na casa do avô, na cidade de Santa Bárbara D`Oeste, interior de São Paulo. Sentado à janela da casa, enquanto Assaad escreve em um caderno suas memórias sobre a infância no Líbano, quando pastoreava carneiros nas montanhas de Zahle. Marcelo acompanha, como uma presença invisível, a escrita do avô, que está vivendo os seus últimos dias.


Robertson Frizero – Longe das Aldeias (Editora Dublinense – Terceiro Selo)

Um jovem de dezessete anos, diante da doença da mãe, decide desfazer um passado de mentira e de ilusão a respeito da identidade do pai. As memórias, trazidas pela tia, percorrem os horrores da guerra, a fuga da aldeia e do país, a reconstrução da família em solo brasileiro. Frizero concentra a carga dramática da história no que ela tem de mais importante, que é a complexidade do ser humano, capaz de matar para criar, de mentir para salvar e de perdoar para seguir em frente.

ATÉ 40 ANOS

Alex Sens – O Frágil Toque dos Mutilados (Editora Autêntica)

Segundo Jaime Prado Gouvêa, editor do Suplemento Literário, 'Alex Sens Fuziy surge na literatura com traços firmes de escritor experiente, compondo uma trama magnificamente elaborada sobre os dramas de uma família que se reencontra numa cidade litorânea e tenta se explicar a partir da morte de um de seus membros.' Para Marcia Tiburi, 'O mar é, para a ação que aqui se dá, um pano de fundo tão belo quanto trágico. O romance, desenhado com a meticulosidade da pena de Alex Sens Fuziy, constrói-se nesse trânsito, sobre aquela espécie de dificuldade consigo que é vivida por cada pessoa quando ser e estar - diante de si mesmo e diante dos outros - não parecem nada simples. Quando a possibilidade de viver junto com os outros está a cada momento posta em xeque.'

Isabela Noronha – Resta Um (Cia. das Letras - Schwarcz)

Lúcia é uma professora respeitada no curso de matemática da Universidade de São Paulo e sempre enxergou a vida por meio dos números. Porém, quando sua única filha desaparece sem deixar rastros, seu pensamento racional será abalado para sempre. Anos depois do sumiço da menina, a vida da professora desmoronou, ainda que, em nenhum momento, ela tenha perdido a esperança de encontrar a filha, Amélia. Sem a ajuda do ex-marido ou da polícia, ela luta como pode. E eis que a chegada de um e-mail parece conter, por fim, a pista certa de alguém que conhece o paradeiro da menina. Com um ritmo incrível e uma escrita cristalina, a autora deixa o leitor absolutamente envolvido nessa trama misteriosa e angustiante.

Julia Dantas – Ruína y Leveza (Não Editora)

Quando se vê diante da perda de (supostas) certezas, uma jovem publicitária se lança em uma viagem sem objetivos claros e sem rota definida. Entre cidadezinhas arenosas do Peru e uma mina de estanho na Bolívia, ela atravessa fronteiras e se permite descobrir novos caminhos e pessoas, carregando na mochila um passado que ainda pesa.


Rafael Gallo – Rebentar (Editora Record)

Um romance impactante sobre uma mãe que precisa aprender a conviver com a ausência do filho Depois que seu filho desapareceu aos 5 anos, Ângela dedicou toda a sua vida à busca da criança. Parou de trabalhar, não teve mais filhos, afiliou-se a instituições de busca de crianças desaparecidas. Mas após trinta anos sem nenhum resultado, ela finalmente decide desistir completamente da procura. Além da própria dor e culpa, Ângela precisa enfrentar o julgamento de todos aqueles que de alguma forma estavam envolvidos com sua história. Rebentar é um corajoso e emocionante mergulho nas dores da perda. Rebentar é o primeiro romance de Rafael Gallo, de quem a Record já publicou Réveillon e outros dias, vencedor do Prêmio SESC e finalista do prêmio Jabuti. Rafael Gallo nasceu em São Paulo, 1981. É graduado em Música pela Unesp. Em Rebentar, Rafael Gallo sai dos rios que inaugurou com seu livro de contos Réveillon e outros dias, estreia literária que lhe valeu o Prêmio SESC de Literatura anos atrás, e deságua no oceano deste longo drama, confirmando seu talento narrativo e sua habilidade como ficcionista. - João Anzanello Carrascoza.


Sheyla Smanioto – Desesterro (Editora Record)

Vencedor do Prêmio SESC de Literatura 2015 na categoria Romance. Primeiro romance de Sheyla Smanioto, Desesterro é feito de muitas vozes, de sonhos, de fotografias imaginárias, de uma menina sem nome e de uma avó cansada. O cenário de pobreza e de carência de Vila Marta e Vilaboinha – cidades fictícias – deixa na pele de Maria de Fátima, personagem principal, as marcas das gerações que se sucederam neste universo duro e de fome que ecoa um arquétipo de Brasil profundo. Carregado de dramaturgia, feito de torções gramaticais e desorganização temporal e espacial, Desesterro dá ao leitor a impressão de transitar entre realidade e sonho.

Tércia Montenegro – Turismo Para Cegos (Cia. das Letras - Schwarcz)

A vida de Laila está prestes a se esfacelar. Jovem aluna de artes plásticas, ela tem os planos interrompidos por uma doença degenerativa e incurável que vai lhe custar a visão. Conforme a cegueira avança, tarefas corriqueiras tornam-se desafios e tudo o que lhe era familiar precisa ser explorado e redescoberto. Assim, também há algo de novo no envolvimento com Pierre, um funcionário público aparentemente inexpressivo que irá cuidar de Laila com dedicação.


Tomas Rosenfeld – Para Não Dizer Que Não Falei de Flora (Editora 7 Letras)

Com pleno domínio dos tempos da narrativa, que ao mesmo tempo avança pelos nove meses da gestação (numa gravidez inesperada) e retrocede às lembranças da infância e histórias de antepassados, Tomas Rosenfeld apresenta um romance que seduz com a fluência de uma leitura leve e saborosa, e, ao mesmo tempo, nos faz sentir dentro de uma história real: com a contundência que só a vida (ou a boa ficção, quando criada por um mestre no ofício) é capaz de revelar.

Sobre o Prêmio São Paulo de Literatura

Criado em 2008 pelo Governo do Estado de São Paulo, o Prêmio São Paulo de Literatura é o maior do País em valor individual e tem como principais objetivos incentivar a produção literária de qualidade, apoiar e valorizar novos autores e editoras independentes, além de incentivar a leitura.

Desde que foi criado, o Prêmio teve participação de mais de 1.200 livros e premiou 19 romances, contribuindo de forma decisiva para dar visibilidade não só às obras vencedoras, mas também aos trabalhos finalistas.

Por Nathália Tourais

Atualizado em 5 Ago 2016.