Todos os anos, a Mostra Internacional de Cinema traz a São Paulo uma seleção de filmes que dificilmente poderiam ser vistos nos cinemas e que oferecem um panorama dos diferentes diálogos sendo travados simultaneamente por artistas de todo o mundo. Se você, por alguma razão, não vai conseguir acompanhar a edição deste ano, então aproveite o clima cinéfilo para fazer a sua própria maratona em casa!
Confira 15 filmes estrangeiros e independentes que estão em cartaz em serviços de streaming e VOD e comece ainda hoje a sua Mostra:
Netflix
Paris, Texas
(Wim Wenders, Alemanha, França, Reino Unido, 1984)
*Exibido na 34ª Mostra
Um homem vaga pelo deserto sem saber quem é. Seu irmão o encontra e o ajuda a restaurar sua memória de volta à vida que ele vivia antes de abandonar sua mulher e seu filho, quatro anos atrás. À medida que sua memória volta, ele faz contato com várias pessoas de seu passado. O filme ganhou a Palma de Ouro no Festival de Cannes.
Umrika
(Prashant Nair, Índia, 2015)
*Exibido na 39ª Mostra
Em meados dos anos 80, uma pequena aldeia na Índia se revigora quando um de seus habitantes viaja para a América e detalha sua jornada por meio de cartas, que provocam esperança e debate em seus conterrâneos. Quando essas mensagens param de chegar, Rama, irmão mais novo do aventureiro, decide sair em uma viagem para encontrá-lo.
A Grande Beleza
(La Grande Bellezza, Paolo Sorrentino, Itália, França, 2013)
Vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, “A Grande Beleza” conta a história de um jornalista que tem frequentado a vida noturna e glamorosa de Roma por anos, apoiando-se no sucesso de seu único livro. Agora, aos 65 anos, um choque ligado ao passado faz com que ele olhe para essa vida de forma diferente.
Ida
(Pawel Pawlikowski, Polônia, Dinamarca, França, Reino Unido, 2013)
Vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, “Ida” acompanha uma noviça polonesa nos anos 60 que, prestes a fazer seus votos, visita sua única parente viva e descobre segredos sobre sua família.
Las Brujas de Zugarramurdi
(Álex de la Iglesia, Espanha, França, 2013)
*Exibido na 38ª Mostra
José, um pai solteiro com dificuldades financeiras após seu divórcio, planeja roubar uma loja junto com um grupo de ladrões. Eles conseguem levar uma sacola cheia de anéis de ouro e fogem de Madri, chegando na estranha cidade de Zugarramurdi, entre as florestas impenetráveis do País Basco. Lá, eles enfrentam algo pior que a polícia: uma irmandade de bruxas que não querem só os anéis, mas também as almas deles.
Vincere
(Marco Bellocchio, Itália, França, 2009)
*Exibido na 40ª Mostra
Quando Ida conhece Mussolini em Milão, ele é um fervoroso socialista que pretende orientar as massas contra a Igreja e a monarquia. Ela acredita nele e em suas ideias e vende tudo o que tem para financiar o Il Popolo d`Italia, um jornal que Mussolini funda para ser o núcleo do futuro Partido Fascista. A Primeira Guerra Mundial irrompe, Mussolini se alista no Exército e desaparece. Ao reencontrá-lo algum tempo mais tarde, casado com outra mulher, Ida exige seus direitos como verdadeira esposa e mãe de seu filho primogênito.
Eu Matei Minha Mãe
(J’ai tué ma mère, Xavier Dolan, Canadá, 2009)
*Exibido na 33ª Mostra
Hubert Minel é um jovem impetuoso de 17 anos que não gosta nem um pouco de sua mãe. Ele despreza suas roupas bregas, o estilo kitsch e as migalhas de pão que sempre ficam no canto de sua boca. Além desses traços, a relação dos dois é pautada pela manipulação e a culpa. Confuso e dividido por uma relação de amor e ódio que o deixa cada dia mais obcecado, o garoto vive uma adolescência que é ao mesmo tempo típica e marginal, marcada por novas experiências artísticas, amizades, sexo e abandono.
Now
O Sétimo Selo
(Det sjunde inseglet, Ingmar Bergman, Suécia, 1957)
No clássico de Ingmar Bergman, um cavaleiro retorna das Cruzadas para encontrar um continente tomado pela Peste Negra e, em sua chegada, é recebido pela Morte. Em crise com sua fé e determinado a descobrir o sentido da vida, ele ganha tempo desafiando a Morte para uma longa partida de xadrez.
Heli
(Amat Escalante, México, Holanda, Alemanha, França, 2013)
Vencedor do prêmio de Melhor Diretor em Cannes, “Heli” explora o drama de uma família mergulhada na violência do mundo das drogas por um deslize da pequena irmã de Heli, uma garota de 12 anos.
As Montanhas Se Separam
(Shan he gu ren, Jia Zhangke, China, França, Japão, 2015)
Jia Zhangke dirige este drama sobre dois amigos de infância que se apaixonam pela mesma mulher e têm suas vidas interligadas por gerações.
A Ovelha Negra
(Hrútar, Grímur Hákonarson, Islândia, Dinamarca, Noruega, Polônia, 2015)
*Exibido na 39ª Mostra
Em uma remota área rural da Islândia, os irmãos Gummi e Kiddi vivem lado a lado cuidando de suas ovelhas e carneiros. Embora dividam a terra e o estilo de vida, eles não se falam há 40 anos. Quando uma doença letal atinge o rebanho de Kiddi, autoridades decidem abater todos os animais da região para conter uma epidemia. Muitos fazendeiros abandonam o local, mas os dois irmãos não desistem tão fácil. Conforme as autoridades se aproximam, eles precisarão se unir para salvar os animais —e eles mesmos— da extinção. Vencedor da mostra Um Certo Olhar do Festival de Cannes.
Body
(Cialo, Malgorzata Szumowska, Polônia, 2015)
*Exibido na 39ª Mostra
Na Polônia dos dias de hoje, um perito criminal, sua filha anoréxica e a terapeuta da garota —que acredita poder se comunicar com pessoas mortas— têm suas histórias entrelaçadas. Nessa trajetória, defrontam-se três abordagens radicalmente diferentes sobre o corpo e a alma. Vencedor do Urso de Prata de melhor diretora no Festival de Berlim.
Vivo Play
Força Maior
(Force Majeure, Ruben Östlund, Suécia, França Noruega, Dinamarca, 2014)
*Exibido na 38ª Mostra
Ebba e Tomas decidem passar cinco dias de férias esquiando nos Alpes franceses com seus dois filhos. Tomas deve passar mais tempo com a família, pois Ebba acha que ele trabalha demais. Quando os quatro almoçam num restaurante nas montanhas, uma avalanche se aproxima e ameaça soterrar o local. Nenhum deles fica ferido, mas a atitude de Tomas durante o incidente pode causar danos irreparáveis.
A Pedra de Paciência
(Syngué sabour, pierre de patience, Atiq Rahimi, Afeganistão, França, Alemanha, Reino Unido, 2012)
Quando seu marido retorna da guerra, uma mulher é encarregada de cuidar de seu corpo – reduzido a um estado vegetativo após ser atingido na espinha por uma bala, e decide contar a ele tudo o que nunca pôde dizer.
Leviatã
(Leviafan, Andrey Zvyagintsev, Rússia, 2014)
*Exibido na 38ª Mostra
Kolia vive numa pequena cidade próxima ao Mar de Barents, no norte da Rússia. Ele é dono de uma oficina mecânica, que fica ao lado da casa onde vive com sua jovem esposa Lilya e seu filho Roma, de um casamento anterior. O prefeito da cidade pretende se apropriar do terreno onde estão a oficina e a casa e, depois de algumas tentativas, ele começa a se tornar mais agressivo. Vencedor da Palma de melhor roteiro no Festival de Cannes.
Por Juliana Varella
Atualizado em 26 Out 2016.