Neste fim de semana, chega aos cinemas o terceiro filme da franquia iniciada em 2006 com “O Código Da Vinci”. “Inferno” celebra uma década do herói-historiador Robert Langdon, interpretado desde então por Tom Hanks, e traz uma nova aventura ambientada na Itália e dirigida, mais uma vez, por Ron Howard.
“Inferno” tem como vilão um bilionário que acredita que a população humana está crescendo num ritmo insustentável e que, para salvar o mundo, é preciso reduzi-la pela metade, com a ajuda de um vírus comparável à Peste Negra. Nesse contexto, encontramos Langdon desacordado num hospital ao lado da doutora Sienna Brooks (Felicity Jones), com a memória prejudicada devido um trauma na cabeça.
Logo descobrimos que ele carrega uma pista para o paradeiro do vírus, que será liberado nas próximas 24 horas, mas não sabe por que está envolvido no caso ou quem está, realmente, ao seu lado. A pista, como o título sugere, envolve uma pintura do Inferno de Dante por Botticelli e leva a uma viagem por museus e basílicas ao redor da Itália e da Turquia.
O filme oferece uma aventura guiada por enigmas, como se tornou tradicional na franquia, mas facilita demais para o público, perdendo a chance de surpreender. A cada pista, a câmera pousa sobre a imagem como se avisasse o espectador de que aquilo será útil depois e, quando chega o momento de usá-la, a imagem retorna num flashback desnecessariamente didático. Tudo é fácil demais e previsível demais – inclusive as viradas no roteiro.
Os efeitos visuais são outro ponto fraco do filme. Langdon tem diversos delírios ligados à sua concussão e, como num pesadelo, vê as ruas transformadas num inferno dantesco. Essas imagens, porém, são tecnicamente toscas e, apesar de fazerem parte de uma fantasia, não transmitem a sensação de perigo.
“Inferno” estreou no dia 13 de outubro e é baseado no livro homônimo de Dan Brown, de 2013. Também integram o elenco Omar Sy (“Intocáveis”), Sidse Babett Knudsen (“Westworld”) e Irrfan Khan (“Jurassic World”).
Atualizado em 14 Out 2016.