Mas os astros, se por acaso têm algum poder sobre os homens, também devem ter senso de humor. Pierre foi deserdado pela tia, e todo o dinheiro foi para o tal primo. Despejado do apartamento, o músico tenta de tudo para se sustentar - menos o óbvio, procurar um emprego. E ele é orgulhoso demais para mendigar. Os amigos somem, nem sinal da namorada, e o único que poderia ajudá-lo, o jornalista Jean-François, vive viajando a trabalho.
Este é o primeiro longa de Eric Rohmer, diretor cujas fitas têm sido restauradas e apresentadas nos cinemas brasileiros. Seus filmes costumam trazer diálogos extremamente inteligentes, mas essa característica ainda não está presente em O Signo de Leão - mesmo porque Rohmer não escreveu os diálogos neste caso. Entretanto, já se pode perceber o fundo moral sempre encontrado em sua obra, e aqui o tema - muito bem tratado - é a relação das pessoas com o dinheiro, os meios que elas usam para obtê-lo e como a sua abundância (ou ausência) influi no círculo de amigos de cada um.
O Signo de Leão
Diretor: Eric Rohmer
País de origem: FRA
Ano de produção: 1954
Classificação: 14 anos