Menos de dez minutos depois do primeiro "oi", Fernando e Elena já estão se agarrando; horas depois, ele já passa a noite na cama de Elena, mesmo que a irmã esteja dormindo no mesmo quarto. Fernando despeja nos ouvidos da bela jovem mentiras suficientes para encher vários capítulos de um livro de Luís Fernando Veríssimo, e Elena finalmente decide perder a virgindade (não é tanto que ela realmente acredite nas balelas do italiano, mas finge/quer acreditar), o que afeta tremendamente sua ligação com Anaïs. A irmã mais nova, sempre acima do peso, tem uma opinião peculiar sobre o assunto: quer que seu primeiro homem seja um qualquer, para não ficar se lembrando dele quando ele se for, como todos os homens que seduzem e abandonam.
A verdade é que parte de Para Minha Irmã! é simplesmente pornografia travestida de filme "de arte" - nenhuma surpresa em se tratando de Catherine Breillat, que fez Romance. É irônico como, no filme, Fernando diz que poderia ter problemas com a polícia se fosse visto com Elena, mas Breillat parece não se preocupar muito com o assunto ao usar uma atriz adolescente na fita. Se a diretora fosse mais sutil em relação ao que a platéia vê (e ouve), teria feito um filme muito mais interessante, fazendo o público pensar, mas as imagens acabam se sobrepondo a qualquer reflexão.
Para Minha Irmã!
Diretor: Catherine Breillat
País de origem: FRA
Ano de produção: 2001
Classificação: 18 anos