Guia da Semana

O tênis tem uma história curiosa nas Olimpíadas, com mudanças e até interrupção. O esporte estava incluído na primeira edição dos jogos, em Atenas-1896, e fez parte da grade olímpica até os jogos de Paris-1924, quando foi removido para as Olimpíadas seguintes. Após longos 64 anos, o esporte voltou a ser olímpico em Seul-88 e não saiu da grade até então.

Na chave de duplas feminina, a supremacia americana é impressionante. Em nove Olimpíadas disputadas, o país ficou com simplesmente sete medalhas douradas. Três delas foram conquistadas pelas irmãs Williams, que são grandes candidatas ao tetra no solo carioca.

O Brasil não tem tradição no tênis feminino em Olimpíadas, assim como no masculino, e segue sua carência de jogadoras top faz algum tempo. Teliana Pereira é a melhor brasileira do ranking, atualmente entre as 50 do mundo. Deve ser a representante brasileira nas duplas junto com, possivelmente, a revelação Beatriz Haddad Maia, que figura entre as 200 melhores. Porém, dificilmente conquistarão medalha.

Vale lembrar que muitos tenistas que não jogam regularmente o circuito de duplas se unem para disputar as Olimpíadas. Por exemplo, a jogadora Martina Hingis, que encerrou a vitoriosa carreira de simples em 2007, voltou ao circuito de duplas em 2013 e segue colecionando títulos ao lado da indiana Sania Mirza. Entre as tenistas top do mundo em simples, a Itália, a Rússia e a República Tcheca têm muitas representantes que podem se unir e formar duplas interessantes.

O critério para classificação dos Jogos são os rankings da ATP e da WPT, respectivamente dos homens e das mulheres. Os 56 primeiros podem participar das Olimpíadas se desejarem, respeitando o limite de quatros jogadores por país por chave. A ITF (International Tennis Federation) garante mais seis vagas, sendo que uma delas é para o principal brasileiro do ranking, caso não esteja entre os 56 até o dia 6 de junho de 2016.

Martina Hingis e Belinda Bencic - Suíça


Depois de decidir encerrar a carreira, a ex número 1 em simples, Martina Hingis, voltou com tudo no circuito de duplas. Hingis está voando baixo e pode fazer uma parceria de sucesso com a revelação Belinda Bencic, de apenas 18 anos e já a número 15 do mundo. Experiência e juventude podem levar a Suíça a mais medalhas no tênis.

Serena e Venus Williams - Estados Unidos


Será que é fácil parar a dupla de irmãs que já conquistou todos os títulos possíveis separadas? Além disso, Serena e Venus já conquistaram a medalha olímpica nas duplas em três oportunidades, sendo as maiores vencedores da história. Difícil não apontá-las como as grandes favoritas ao ouro.

Elena Vesnina e Ekaterina Makarova - Rússia


As duas russas percorrem o circuito de duplas juntas, além de Makarova ser top 20 do mundo em simples. Elas têm ganhado diversos títulos juntas e possuem grandes chances de figurar no pódio no Rio de Janeiro. A experiência e o entrosamento das russas podem fazer diferença. Ekaterina Makarava, em 2012, conquistou o Aberto dos Estados Unidos nas duplas mistas com o brasileiro Bruno Soares.

Por Guilherme Schiff

Atualizado em 21 Set 2015.