Gungrave G.O.R.E é um jogo de tiro em terceira pessoa, misturando ação e shoot’em up, desenvolvido pela Iggymob Co. Ltd. e distribuído pela Prime Matter. Com lançamento planejado para novembro, tivemos a oportunidade de jogar uma prévia das quatro primeiras fases do título para comentar, e fofocar, com vocês leitores e leitoras sensacionais. E aí, como está ficando esse lance? É o que veremos agora, em mais uma preview do Pizza Fria!

Beyond the Grave

Ah, leitora. Como amo a liberdade. A possibilidade de expressar os sentimentos, opiniões e viajar pesadamente em qualquer bizarrice que me venha a cabeça. Que dia feliz foi esse, então, quando um homem gigantesco, de óculos e curvado me deu o código de Gungrave G.O.R.E e disse para ver qual é da parada. E como eu poderia negar? Afinal, sou um apreciador de longa data de Gungrave.

Gungrave G.O.R.E é parte da família Gungrave, que começou em uma série de jogos no saudoso PS2 e se expandiu para animes e derivados. Aliás, sabiam que o design dos personagens foi feito, lá no primeiro título, por Yasuhiro Nightow? Para os que não sabem, ele é o criador de um mangá maravilhoso chamado Trigun, com meu adorado Vash: o estouro da boiada. Recomendo fortemente para todos que estiverem procurando algo legal para ler.

Mas, voltemos para Gungrave G.O.R.E. Seguindo o esquema dos primeiros jogos da série, este foca em um combate rápido e frenético contra uma quantidade considerável de inimigos. Contudo, diferente de jogos como nosso recém analisado Soulstice, a ideia central aqui é atirar na maioria de inimigos que for possível. Inclusive, sem se mover do lugar.

Temos uma palinha da história. A trama começa com nosso pistoleiro zumbi favorito, Grave, indo para uma cidade chamada Scumland para dar cabo do que restou da organização de seu rival do jogo anterior. Junto de sua companheira Mika, também de longa data, nosso camarada precisa quebrar tudo e todos para desmantelar a organização que domina o local e por um ponto final em seus assuntos inacabados.

E é isso, em suma. Achei bem interessante a premissa, em se tratando do universo da obra, e da maneira com que as cenas são apresentadas. Gungrave G.O.R.E tem um estilo muito interessante, tanta na animação quanto no design dos personagens. Grave está the tops, e o look atual somado aos óculos de grau que usa me remeteram muito ao anime. Bons tempos.

Mas devo admitir, leitor. Me julgue se quiser, leitora. Não me importo. Eu não fiquei empolgado com o conto do pistoleiro zumbi. Pelo contrário, o que realmente me fez ficar empolgado foi a ação. E como tivemos, de fato. Ainda que a prévia não seja longa, podemos ter uma noção boa de como o título será em seu lançamento.

Tiro, porrada e… mísseis?

A ação em Gungrave G.O.R.E é relativamente simples, até. Grave conta com um par de pistolas com munição infinita, felizmente, e um caixão que serve tanto como lança-mísseis quanto arma de contusão. Quase como um violão usado por el mariachi. Muy Bueno! Além disso, podemos nos movimentar livremente pelo cenário e esquivar enquanto atiramos para nos proteger. Grave não fica em cobertura, jamais. O trem-bala não para nunca.

Podemos utilizar as armas para atirar enquanto andamos, com uma cadência menor, ou realizar uma sequência de disparos de alta velocidade enquanto estamos parados. Isso é uma mecânica interessante, pois devemos pensar bem quando trocar a segurança do movimento pelo poder da ociosidade. Além disso, acertar uma série de tiros aumenta nosso combo, e um número acima de 50 permite utilizar mais uma técnica que atira loucamente em torno do protagonista se ele estiver imóvel.

Também podemos usar um gancho para pegar os malfeitores (Scorpion, alguém?), ou nos jogarmos pra cima deles. Isso pode ser usado, também, para executar inimigos que estejam atordoados. Fazer isso é bom porquê, além de ser divertidíssimo, permite que Grave recupere seu escudo. E, como bem sabemos, nada é mais necessário do que isso para um homem que sempre está na mira de centenas de atiradores de elite.

Além disso, podemos juntar poder ao derrotar inimigos para lançar uma série de especiais usando o caixão. Seja com mísseis ou balas, esses ataques são pauleira e causam um dano considerável para qualquer soldado ou chefe que estiver no caminho. Eles não são muito comuns, então precisam ser utilizados com um certo carinho. Contudo, melhorias de habilidades e personagem podem tornar seu uso mais frequente e poderoso.

O que esperar de Gungrave G.O.R.E?

Toda ação correu bem por toda extensão de meu teste, na maior parte do tempo. Os gráficos são maneiros e estilizados, e não tive quedas de frame significativas. Em combate, principalmente, não reparei. Apenas em algumas transições entre cutscenes e jogabilidade normal. Mas, dado que o jogo ainda está sendo ajustado, suponho não ser algo que vá dar problema.

A trilha sonora é pauleira, e ajuda demais a dar um gás nos combates e deixar tudo muito mais impactante. Eu realmente curti o que vi, e me diverti com cada treta em que enfiei nosso amigo pistoleiro.

Bem, Gungrave G.O.R.E me pareceu promissor. O jogo é divertido, o combate é estiloso e bombástico, a performance foi satisfatória (em maior parte, ao menos) e a trilha sonora embalou tudo bem. Somado à uma história que captura a vibe dos títulos anteriores e do anime, podemos dizer que essa belezinha promete. Fico um pouco preocupado em se tratando de rejogabilidade, e se o título terá o suficiente para instigar aquela segunda jogada.

*Preview elaborada em um PC equipado com uma GeForce GTX, com código fornecido pela Prime Matter.