Curtir as obras do seu cantor favorito ficou mais fácil com os CDs, que tem um som mais limpo e puro, e são muito mais fáceis de levar a todo lugar. Até músicas bem mais antigas, da época do long play, já foram regravadas e remasterizadas: isso significa que todo aquele ruído característico dos velhos discos foi removido e o resultado é um som de primeira qualidade.
Mas, para os saudosistas, nada supera aquele chiadinho característico dos discos de vinil. Ver a agulha deslizar pelas trilhas do LP e ouvir os estalos, típicos de pequenos riscos na sua superfície, leva o fã de música de volta ao passado, naquele tempo que eles carregavam a “bolacha” embaixo do braço para ouvir com os amigos.
Outra característica marcante do vinil e que nenhum CD consegue reproduzir é a produção caprichada das capas dos discos. Fotos históricas, desenhos marcantes e um cuidado com os detalhes chamavam a atenção dos amantes da música e um deleite para os olhos: uma verdadeira obra de arte. Quem não se lembra da capa de Abbey Road, em que os quatro Beatles atravessam a rua de mesmo nome em Londres – e palco de milhares de fotos de turistas? Ou as dos The Doors, em que a foto de Jim Morrisson aparecia em destaque e fazia as meninas suspirarem?
Para a alegria dos amantes do vinil, uma boa notícia: não somente a procura pelas velhas bolachas tem aumentado, como também as gravadoras voltaram a produzir versões especiais e limitadas de algumas obras. Pitty, Nação Zumbi e Fernanda Takai estão entre os músicos cujas obras podem ser encontradas em long play.
E os lugares para encontrar os LPs têm aumentado. São Paulo conta com a Galeria do Rock que tem, entre lojas de roupas, acessórios e tatuagem, os estabelecimentos que vendem os saudosos vinis, procurados pelos amantes da música de todos os gêneros. Uma delas é a Baratos e Afins que tem discos raros e de vários gêneros musicais. No Rio, o Baratos da Ribeiro vai além de ser somente um ponto de encontro de quem gosta de discos. Lá também rolam apresentações de bandas e até clubes de leitura. Em Porto Alegre tem a Boca do Disco que, há mais de 20 anos, vende vinis raros, tanto brasileiros quanto importados. Em Belo Horizonte, o Baú dos Discos tem mais de cinco mil exemplares – um prato cheio para quem procura discos raros dos seus cantores favoritos. A Berlin Discos, em Brasília, é onde a galera vai para procurar vinis difíceis de encontrar. E lá tem de tudo: de Iggy Pop a Gilberto Gil. Com essas lojas, fica fácil achar aquele disco antigo com a sua música favorita. É entrar e garimpar!
Atualizado em 10 Abr 2012.