Já na intolerância, não há envolvimento do sistema de defesa do corpo. O que ocorre nesse caso é a baixa produção de enzimas capazes de "quebrar" os açúcares, como a lactose, em tamanhos menores para que possam ser absorvidos. "A intolerância à lactose, por exemplo, é desenvolvida na medida em que a enzima lactase tem sua produção diminuída. Com isso, quando um alimento que contém lactose é ingerido, a digestão é incompleta, provocando desconforto abdominal, flatulência e até diarreia", explica a nutricionista Daniela Maria Alves Chaud, do Conselho Regional de Nutricionistas (CRN-3).
O diagnóstico correto, segundo a especialista, requer uma investigação detalhada sobre os hábitos alimentares do paciente, histórico familiar, últimos alimentos ingeridos, período de surgimento dos sintomas e testes alérgicos.
Substituição alimentar
Estes problemas, se não forem tratados corretamente podem levar a transtornos nutricionais mais sérios. "Além dos desconfortos abdominais, a diarreia frequente pode provocar alterações como déficit de nutrientes ou perda de peso", diz Daniela Chaud.
Depois de definido o problema, o tratamento das duas doenças deve ser distinto: no caso da alergia, a solução é a exclusão do agente causador da reação (como por exemplo ovo, amendoim, frutos do mar). Já para a intolerância, a redução das quantidades ingeridas pode ser suficiente, pois o organismo pode ser capaz de digerir pequenas quantidades do alimento gerador do desconforto. "Mas isso precisa ser determinado individualmente, pois cada pessoa possui uma tolerância diferente", alerta a nutricionista.
No caso da intolerância à lactose, o leite pode ser substituído por alimentos sem lactose e alimentos à base de soja com mesmo teor de cálcio do leite. Ficar atento aos rótulos também é importante, pois muitos produtos não-lácteos podem conter leite e, consequentemente, lactose nas suas formulações", alerta a especialista.
Foto: Getty Images
Atualizado em 7 Ago 2012.