Guia da Semana

Ao herdar a propriedade do Açude, adquirida por seu pai em 1913, Raymundo Ottoni de Castro Maya transformou a pequena construção, dando-lhe uma fisionomia de residência neocolonial ao acrescentar-lhe arcadas e beirais de telhas de louça policromada portuguesa. No interior da casa, na varanda que a circunda, nos jardins e seus pavilhões, destacam-se painéis de azulejos portugueses barrocos, rococós e neoclássicos, provenientes de Lisboa, Salvador e São Luís do Maranhão, além de revestimentos de azulejos de padrão portugueses, franceses e holandeses dos séculos XVII ao XIX. Esse conjunto singular permite uma visão ampla da história da azulejaria no Brasil. Em 1940, Castro Maya adquire mais 40.000m², e o terreno, localizado no Parque Nacional da Tijuca, passa a ter a área atual de 151.132m². Ainda nesse período, constrói um pavilhão especialmente para abrigar a coleção de aquarelas e desenhos do pintor francês Jean Baptiste Debret. Do mesmo modo surgiu o Jardim-de-Inverno para exibir um grande painel de azulejos neoclássicos, da época de D. Maria I de Portugal. Por volta dos anos 60, quando da criação do Museu do Açude, as instalações que serviam de cavalariça tiveram seu espaço adaptado para exibir o restante do acervo de aquarelas e gravuras oitocentistas da Coleção Castro Maya. Atualmente, por motivos de conservação, as pinturas e obras sobre papel são guardadas e regularmente expostas no Museu da Chácara do Céu. O rico acervo de azulejaria permitiu, então, a opção por abrigar na casa principal peças de artes decorativas. No andar térreo mantiveram-se como espaços ambientados a sala de jantar, a cozinha e o lavatório, destinando-se as demais salas para exposição de mobiliário, escultura e cerâmica oriental, prataria e cristais, além de exemplares de arte popular brasileira. O segundo piso alterna peças de mobiliário nacional e estrangeiro com figuras de jardim, vasos, pinhas e telhas de cerâmica portuguesa, sendo também utilizado como galeria para exposições temporárias de artes decorativas. Os pavilhões externos são usados para a promoção de atividades didáticas, culturais e de lazer. Os jardins formais são de inspiração portuguesa, construídos em forma de diversos terraços ligados por escadarias. São vasos, estátuas, pinhas, globos e leões de gosto neoclássico, provenientes de demolições ou encomendados às fábricas de Santo Antônio do Porto, Portugal. Inclui, ainda, como é comum nas quintas lusas, pomar e horta. A grande quantidade de plantas ornamentais forma um microssistema muito bem equilibrado. É um pedaço de floresta tropical úmida dentro de área urbana, com aparência de uma floresta sempre verde, densa e intricada, com enorme diversidade vegetal e animal.

Mapa do local

Museu do Açude

Horário(s) Segunda a domingo, das 11h às 17h. Fechado às terças.

Endereço
Estrada do Açude, 764, Oeste 20531-330

Telefone (21) 2492-2119

Site do estabelecimento

Atualizado em 30 Mar 2012.