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Difícil encontrar alguém que não conheça a emblemática personagem Mafalda. Cheia de dúvidas, questionamentos e inquietudes sobre a vida, a menininha de cabelos e pensamentos rebeldes marcou e ainda marca a vida de muita gente.

Foi escrita e desenhada pelo cartunista argentino Quino para uma campanha publicitária onde seria garota propaganda do modelo de vida capitalista. Entretanto, para nossa sorte, a agência recusou a proposta e nós ganhamos uma heroína.

Mafalda foi publicada pela primeira vez na mais importante revista semanal argentina da época, a Primeira Plana. A aparição aconteceu apenas junto do cartoon de seus pais, em 1964. E Filipe, Manolito, Susanita, Guile, Miguel e Burocracia foram criados e acrescentados no ano seguinte.

Porém, engana-se quem pensa que ela foi apenas um desenho. Mais do que isso, a criação de Quino, além de símbolo dos anos 70, carrega em si muitas críticas e analogias - assim como sua tartaruga de estimação chamada burocracia.

Além disso, sua imagem também esteve em campanhas sobre os Direitos Humanos como, por exemplo, na Declaração Universal dos Direitos da Criança, da UNICEF.

Amada, Mafalda também foi o nome dado à uma praça em Buenos Aires e ganhou a exposição “O Mundo de Mafalda”, que já passou por lugares como Argentina, Costa Rica, México, Chile e agora desembarca aqui, em São Paulo, no dia 16 de dezembro (apenas para convidados) e a partir de 17, aberta ao público.

A mostra, que faz parte do circuito SP, com apoio da Secretaria da Cultura, nos proporcionará viver o universo da personagem. Com salas temáticas e interativas, o público terá acesso a desenhos originais, reproduções de cenários que contam, inclusive, com seu apartamento, fotografias e vídeos.