Guia da Semana

Conhecer a Europa é o sonho de consumo para muitas pessoas ao redor do mundo, inclusive para os brasileiros. As infinitas atrações oferecidas por países como França, Inglaterra, Itália, Holanda e Espanha agradam a todas as idades, agregando desde baladas até museus.

Mas qual será a melhor maneira de curtir essa viagem? As histórias de mochileiros sempre trazem experiências incríveis e alguns momentos de aperto. Por outro lado, as agências de viagem podem tornar tudo mais fácil, mas vão prendê-lo um pouco mais.

Pensando em ajudar os indecisos, o Guia da Semana conversou com Bruna Caricati (dona do site Go To Gate e defensora do mochilão) e com Michael Barkoczy (vice-presidente da Flytour Viagens e defensor das agências de viagem). Dê uma conferida e tire as suas conclusões!

Porque ir de mochilão?

Experiência

Momentos de incerteza podem tornar a viagem ainda mais inesquecível. Por que não convidar aquele (a) amigo do peito e sair para o mundo com uma mochila nas costas? Isso vai te tornar um viajante profissional! Bruna Caricati comenta sobre isso:

“Optar por dormir em estações de trem, comer na rua e passear a pé pode parecer inviável para algumas pessoas, mas são justamente essas situações que te tornam um viajante experiente e conhecedor dos macetes. Se você está sozinho precisa ser 10x mais responsável e atento, pois ninguém fará por você. E tudo bem, isso é ótimo!”

E a segurança?

É claro que ir para outro país sem ter uma estrutura por trás da viagem oferece alguns riscos. Você tem que fazer a sua parte e chegar com o máximo de anotações e informações sobre o lugar. Elas serão úteis em algum momento.

“Eu vejo que ainda é um medo real, mas que deve ser combatido. Se você tem muito medo, comece com um mochilão pequeno. Argentina e Uruguai são boas opções. Tenha seguro saúde para viajar, pois qualquer acidente ou caso de doença, você terá um atendimento rápido garantido. Tenha na pasta de documentos telefones e endereços completos de pessoas que possam te ajudar ou que devem ser contatadas em caso de emergência.”

É muito mais barato

Chegamos a um dos pontos mais positivos de se fazer um mochilão: a economia. Se você não faz questão de esbanjar, é 100% viável curtir os lugares sem gastar muito. O melhor de tudo é que não é preciso se preocupar com datas e reservas de hotéis. Se estiver se divertindo, fique!

“O ideal é ficar, pelo menos, 4 dias em cada cidade para conhecer melhor. E a ideia do mochilão é justamente ser uma viagem econômica. Você leva o essencial em uma mochila e se dispõe a gastar o mínimo possível com passagens, comida, hospedagem e diversão.”

Pontos fortes do Mochilão

- Liberdade para escolher os destinos durante a viagem e mudá-los repentinamente;

- Liberdade para acordar na hora que quiser e poder optar por passar a noite numa balada e sair do hostel só às 13h do dia seguinte sem ninguém te julgar;

- Conhecer muito mais destinos por menos;

- Possibilidade de fazer o seu roteiro na cidade, de acordo com seu estilo e disposição e, assim, também poder conhecer pessoas legais para a vida toda pelo caminho ou no hostel;

- Se aventurar em viagens de trem, avião, ônibus e caronas de uma vez só;

- Viver a cidade como um cidadão comum em vez de estar cheio de dinheiro para esbanjar em restaurantes e compras. Vivendo com menos dinheiro no lugar, você passa por problemas que os locais passam e aprende a se encaixar no estilo de vida deles.

Porque contratar uma agência de viagem?

Pré-viagem

Por mais que o roteiro da viagem dependa exclusivamente de você, a agência de viagem já tem experiência e contatos que podem tornar tudo mais simples e prático.

“O agente de viagens é um consultor, ele escolhe as melhores opções de acordo com o perfil do cliente, auxilia na escolha da melhor companhia aérea, visando à qualidade e preço, opções de hotéis, sugerem passeios, em função da experiência e do conhecimento, restaurantes, suporte na informação da documentação, enfim, tudo o que for necessário para proporcionar a melhor viagem ao cliente.”

E a segurança?

O nome da agência de viagem será respeitado a medida que ela souber como resolver eventuais problemas do viajante durante o seu roteiro.

“Em qualquer circunstância que tiver algum problema, o passageiro saberá onde localizar seu fornecedor e ter a ajuda necessária para resolução de problemas e/ou contra tempos. O agente de viagens atua junto ao operador, ao hotel e companhia aérea, dependendo do produto vendido, faz o elo entre o problema e a resolução, permitindo que o cliente continue suas atividades de lazer ou trabalho enquanto resolve as questões que estão interferindo no melhor da viagem do cliente.”

Experiência de vida e custo

Esses fatores sempre vão variar de acordo com o estilo e proposta do viajante. O mochilão é mais utilizado por jovens brasileiros e pelos próprios europeus, já que moram em países vizinhos. Se você não tiver mais esse pique, vale a pena contratar a empresa e diminuir muito suas preocupações.

“São viagens diferentes com objetivos diferentes e, com custos diferentes. As experiências dependem muito do que cada cliente deseja.”

A agência não prende o viajante?


“Em hipótese alguma, pois, como consultores, os agentes auxiliam, conduzem os produtos dentro das expectativas e informações dadas pelos clientes, o que o agente de viagem faz é adequar o sonho, o orçamento e a expectativa dentro da realidade de uma viagem real e eficiente.”

Pontos fortes da agência de viagem

- Atuação de consultoria para o melhor da viagem;

- Estar à disposição do cliente para situações que fujam da normalidade;

- Garantia e respaldo nas questões de pagamentos entre ele cliente e os fornecedores da viagem.

Conclusão

Comparando as duas visões, fica claro que o mais importante para o turista é definir qual é o estilo de viagem que ele está interessado. Os aventureiros adeptos da adrenalina provavelmente vão aproveitar o mochilão com o bônus de gastar menos.

Por outro lado, se o seu foco é uma viagem romântica ou tranquila, a agência de viagem ficará responsável por deixar tudo nos seus conformes. Faça a sua escolha e aproveite!

Por Ezio Jemma

Atualizado em 22 Dez 2014.